23 de dezembro de 2011

Cidade do lixo.



Cidade do lixo. Este é o titulo dado atualmente a um distrito da cidade do Cairo. no Egito. Com aproximadamente 8,5 milhões de habitantes, o Cairo concentra hoje um grande número de pessoas que trabalham direta ou indiretamente com coleta, separação, reciclagem e venda de lixo. São os chamados Zabbaleen.



Com o crescimento da cidade e o aumento na geração e lixo, a transformação e a comercialização de resíduos urbanos tem se tornado a principal fonte de renda de uma infinidade de famílias, principalmente no distrito de Manshiyat Naser(fotos), onde o lixo recolhido na cidade é armazenado e preparado para a venda.


O mais curioso é que mesmo com tanto lixo encobrindo a arquitetura do distrito, o lugar esta totalmente ocupado com diversas atividades. As pessoas trabalham, comem, dormem dentro deste distrito. Tendo desde lojas atá apartamentos. A única coisa que diferencia este distrito dos outros. alem do lixo excessivo, é o fato de seus moradores retirarem seu sustento através da coleta, triagem e reciclagem especializada.




Embora não cumpra com qualquer norma de saúde, o fenômeno urbano é de certa forma sustentável. Sendo que há organização no trabalho de reciclagem, alem dos itens não recicláveis serem queimados e usados como combustíveis. Por ironia, os habitantes deste curioso distrito sofrem com a deficiência de serviços como coleta de lixo, água e esgoto.


Você ainda acha que sua cidade não tem paisagem? Como melhorar esta cidade sem que os moradores percam sua principal fonte de renda(o lixo) ?

22 de dezembro de 2011

Minha democracia.



 A democracia de todos se define antes de tudo, pela participação massiva dos cidadãos na gestão dos interesses e problemas da cidade. Esta gestão deve ser de forma direta e participativa, fazendo uso de assembleias populares e do dialogo permanente sobre a organização da vida comum. É assim que a democracia de todos funciona. Pois bem, onde esta a democracia de todos? PT, PMBD, Branco, Preto, é tudo a mesma coisa. Não existe oposição, nem direita nem esquerda, pura hipocrisia.
    Todos os partidos estão de acordo no essencial, que é a conservação e manutenção da atual sociedade mercantil. Ou seja, independente do seu voto, tudo continuara como esta, pessoas morrendo de fome enquanto comida é escondida nos lixos. Como mudar algo com o voto, se nosso voto ira colocar no poder alguém que não irá mudar nossa sociedade?
     Falo de revolução, que é o que nossa sociedade necessita, é o que os desnutridos necessitam, e o que os explorados e alienados precisam urgente. Mas o que vejo, ano após ano com meu voto, é a oligarquia de partidos que discutem detalhes buscando credibilidade. Enquanto o cerne de todos os problemas se mantem intacto. Hoje vejo que minha democracia não se fundamenta no uso do meu voto, mas sim no fortalecimento de meus ideais de luta, liberdade e felicidade.
     Fazer uso do meu voto é aceitar a oligarquia hipócrita, que ano após ano domina o poder e o futuro do povo. Fazer uso do meu voto é colocar no poder alguém que me represente, de forma irresponsável ou não, nesta democracia de todos. Alguém que por mais honesto que seja não irá fazer o que precisa ser feito. Por isto acredito e luto pela minha democracia, direta e objetiva. Como meu voto nunca será.

17 de dezembro de 2011

Feliz cidade.

"Enquanto cidades pequenas geograficamente forem tratadas apenas como cidades pequenas, as cidades grandes serão sempre tratadas ilusoriamente como grandes em todos os aspectos. A verdade é que para ser boa, uma cidade não precisa ser grande nem pequena. Precisa acima de tudo ser feliz, e ter no cerne de seu espaço uma feliz cidade unica e inconfundível." José Miendes.


11 de dezembro de 2011

Arte arquitetura do lixo

Passado todo o stress e correria do semestre, chegou o momento de por as ideias em ordem e limpar a bagunça. Eis que entro no meu quarto e me deparo com uma montanha de papel, misturado com latas de energético e sujeiras diversas oriundas da falta de tempo do final do semestre...kk



Enrolando as ideias, os projetos, trabalhos e rabiscos,  decidi criar uma obra artística que manifeste minha revolta. Pois com tantas novas mídias, novas tecnologias, novas possibilidades, ainda perpetuamos os mesmo erros. E um destes erros é o descaso com o lixo que o curso produz. Sim, muito lixo! E não pense que é tempestade em copo de água, é lixo mesmo. Isso sem falar no dinheiro gasto com as impressões, que é muito também...Não há argumentos que justifiquem o lixo que é produzido, principalmente tendo ao nosso alcance tantas outras formas menos perversas ao meio ambiente. Não há argumentos que sustentem este absurdo.

"Ah, mas no computador não podemos ver no tamanho de uma folha A0, perde toda a escala."
Verdade, no computador não, mas com tantos projetores que tem por ai...né..

Percebo que o discurso que sustenta a utilização indiscriminada do papel, é o mesmo que sustenta o ensino forçado de desenho a mão livre no curso de Arquitetura e Urbanismo. Discursos conservadores e retrógrados.  Professores forçando estudantes a realizar desenhos técnicos alegando ser algo necessário nos momentos de criação. Oras, então forcem o uso da mão livre em momentos de criação, não em desenhos técnicos que nenhum profissional da área ainda usa. Já passou da hora de rever estes discursos.


Pois bem, voltando a obra. Foi criada enrolando e entrelaçando todas as folhas que resultaram do semestre.
(na verdade metade delas, no meio do semestre tive jogar folhas fora devido a falta de espaço...)
Foram utilizadas desde folhas A4 até folhas A0, pena não poder utilizar as folhas de dinheiro gasto com tudo isso, causaria um impacto maior né, desperdício econômico é sempre mais impactante que desperdício ambiental. Enrolei as folhas usadas em uma alusão as ideias enroladas do curso, como as já citadas anteriormente.

Lembrando que esta é uma opinião pessoal.
"Não há revolta maior que a arte."

Obra: Enrolando as ideias













ps. não, não é um ninho de passarinho...kkkkkkk


8 de dezembro de 2011

Qual a Blumenau que queremos?

Esta?  



Ou esta?




Suas escolhas, suas ações e seus atos hoje, iram determinar sua cidade amanha.

Qual seu posicionamento a respeito da torre de 33andares Grand Trianon?


27 de outubro de 2011

Projeto de intervenção urbana - PIU



Recentemente rolou uma ideia pelo facebook de fazer uma intervenção urbana referente a retirada dos pontos de ônibus amarelos daqui de Blumenau. Os pontos foram retirados, sem nada ser falado e explicado, nada foi feito, onde iram parar os recentes pontos de ônibus? Pontos de ônibus planejados, novos e com um desenho inovador foram retirados sem haver nenhuma explicação e dialogo com a população. 

Nós sabemos quanto os pontos de ônibus amarelos custaram aos nossos bolsos, sabemos o quanto medíocre é o desenho da nova estação, mas o que fazemos quanto a isso? Conhecer o problema não basta para soluciona-lo, precisamos por nossos conhecimentos acadêmicos em pratica. Tem muitas ideias
boas rolando pelo galpão de arquitetura e que infelizmente não ganham voz...vamos dar vida e voz a elas!

Quantas coisas absurdas acontecem na nossa cidade e caem no esquecimento? Políticos comprando notebooks e aumentando absurdamente seus salários durante a madrugada, o descaso da reitoria quanto ao galpão e nosso curso de arquitetura, a Furb sendo segregada da sociedade por uma cerca, o esgoto a céu aberto que nosso Itajaí-Açu esta virando, o aumento da tarifa de ônibus sem explicação coerente, moradias construídas para os desabrigados sofrendo de desmoronamento(morada das figueiras), Projeto Blumenau como Dubai 2050...Enfim, coisas que caem no esquecimento e se repetem na medida que o tempo passa...

Precisamos expor nossas ideias e criar um dialogo com a comunidade a qual pertencemos, a população leiga precisa que alguém sintetize os problemas e os torne públicos. Nós podemos fazer isto com intervenções urbanas simples e inteligentes. Intervenções que façam o povo comentar, rir, pensar e cobrar...Intervenções que caiam na boca do povo e no prazer sensacionalista da mídia...Nós temos voz e inteligencia para realizar diversas ações, não precisamos de nada alem da nossa boa vontade.

Sendo assim, segunda feira, dia 31 de outubro ira rolar no galpão de arquitetura e urbanismo (Campus 1 Furb) as 19hrs uma reunião/debate/conversa sobre como pode funcionar e se desenvolver o projeto, todos são bem vindos, quanto mais pontos de vistas diferentes mais positiva será o encontro. 

Mais um piu e sua cidade não será mais a mesma...

31 de agosto de 2011

Projeto finalista no concurso Soluções para Cidades 2011


Projeto desenvolvido pelos academicos Taciane Riboldi, Leandro Ludwig, Jean Tomedi e Cinara Nagel, acessorados e orientados pelo Arquiteto e Professor Christian Krambeck esta na final do concurso Soluções para cidades 2011. A premiação ocorre nesta sexta feira, dia 02/08/2011, no evento ConcretShow, em São Paulo. Representantes da equipe estaram presentes no evento.






Com o tema Cidades Ciclaveis, o concurso consistiu em projetar uma malha cicloviaria e um pólo cicloviario para a cidade de São Sebastião do Paraiso-MG, devendo conter no pólo um bicicletario, uma oficina de bicicletas, banheiros e guarda volumes. Todo o material desenvolvido foi exposto em duas pranchas tamanho A1.




Sendo assim, na primeira prancha inserimos todos os estudos e planejamentos criados para a malha cicloviaria. Estudos como o transporte publico, usos e topografia foram  determinantes e cruciais para decidir em quais vias ocorreria a implantação da malha cicloviaria. Alem de um sistemático e progressivo planejamento para implantar a malha, dividido em 4 etapas.



A segunda prancha ficou reservada para detalhar o pólo cicloviario e o perfil das vias. De tal forma, para desenvolver o pólo, nos baseamos nas caracteristicas e historia da cidade. A implantação respeita as visuais que o pedreste possui da lagoa situada ao lado do parque e concorda com as curvas do terreno.

    


1 de agosto de 2011

Prêmio “Soluções para Cidades 2011”.

Aproveitei as férias para participar do meu primeiro concurso publico de arquitetura, ao qual consiste em planejar uma malha cicloviária e um polo cicloviário para a cidade de São Sebastião do Paraíso. A equipe já esta formada, muito trabalho já foi feito e o quinto semestre começou hoje. Agora é correr contra o tempo para fazer um bom trabalho e entregar o projeto a tempo.



26 de julho de 2011

Representação gráfica.

Desde o surgimento da arquitetura, toda sua representação gráfica se fazia por desenhos a mão. Problemas com nanquim e eventuais "acidentes" envolvendo o papel hoje se tornaram apenas histórias engraçadas de um passado não informatizado. Digo isto porque hoje em dia, com toda a evolução tecnológica e com todos os avanços na área da representação gráfica,  é cada vez mais raro encontrar profissionais ou estudantes de arquitetura que de fato saibam representar suas ideias através do desenho a mão.


Antigamente, desenhar a mão era totalmente necessário para ser um bom arquiteto, afinal era o único meio que o arquiteto possuía para expressar suas ideias. Mas com a chegada do computador, surgiu outra opção de representação para o arquiteto, outra ferramenta alem dos esquadros e lapiseiras. 


Assim, em meados de 1982 surgiu a primeira versão do AutoCad. De inicio uma opção cara e um tanto inacessível devido a relação custo beneficio, não só do programa mas também do computador. Mas com o passar dos anos e com o desenvolvimento da informática, a computação gráfica se tornou um diferencial. Nesta época, meados dos anos 80/90, saber desenhar a mão ainda era muito necessário e a computação era apenas um diferencial.


Mas atualmente, o que ocorre é justamente uma inversão de valores. Saber desenhar a mão não é mais necessário, não é mais um requisito básico de todo arquiteto. Saber desenhar a mão se tornou um diferencial, sendo a computação gráfica um requisito básico e necessário. O que nós (alunos de arquitetura) vemos no dia a dia, é um mercado de trabalho que exige conhecimentos em informática, não há espaço para quem não domina a representação gráfica através do computador. 


Na faculdade os professores tentam forçar o uso do desenho a mão. Mas fora das faculdades os mesmos professores somente contratam para estagiar em seus escritórios alunos com pleno conhecimento em informática, contraditorio, mas é a realidade. Fato que é plenamente justificável, pois o computador diminui muito o tempo para realizar determinado projeto. E tempo é algo muito precioso em nossa atual sociedade.


Mas o que quero dizer, é que se antes a computação gráfica era apenas um diferencial, hoje já é realidade e requisito mínimo para um arquiteto. E se antes o desenho a mão era necessário, hoje já é tratado apenas como um diferencial. Seguindo esta ordem, acredito que em pouco tempo o domínio do desenho a mão será apenas uma extravagancia, chegando a ser desnecessário, frente aos crescentes avanços tecnológicos. 


Fica arquivada esta pequena reflexão, quem sabe daqui uns 10anos volto aqui, para constatar se de fato a computação gráfica se sobrepôs ao desenho a mão ou se ambas caminham juntas, independente dos avanços de uma computação gráfica que parece não ter limites...

1 de julho de 2011

Minha formação.

Decidi estudar Arquitetura e Urbanismo pois acredito que tal formação oferece suporte para desenvolver tanto meus ideais pessoais de felicidade, como minhas projeções de paz e justiça para a sociedade em que vivo. Desde que me recordo, sempre tive ideias revolucionarias para mudar o mundo, para mudar as pessoas e para combater radicalmente as injustiças que diariamente se põem a minha frente.


Mas estas ideias, apesar de puras, quase sempre eram impulsionadas por um cego desejo de mudança. Isso porque meu desejo de mudar o mundo, como para a maioria das pessoas, sempre foi maior que minha real capacidade de muda-lo, coisa de adolescente que resume tudo em anarquismo, comunismo ou democracia, sem saber o quanto anárquica é a democracia e o quanto democrático é o comunismo. 


Mas ao escolher estudar Arquitetura e Urbanismo, encontrei conteúdo e embasamento que  de uma forma ou de outra  me dão  a capacidade que sempre quis possuir para mudar verdadeiramente o mundo. Digo isto pois penso que o mundo muda com as pequenas ações guiadas por pequenas ideias, e estas pequenas ideias tem influencia direta da arquitetura, da cidade e da sociedade. Podendo influir positiva ou negativamente, dependendo da ideia por detrás da arquitetura. Por exemplo, uma pessoa que vive numa cidade quente, terá ideias que tornem a cidade menos quente. Quem vive numa cidade em guerra, terá ideias de paz.


Mas o que é uma ideia alem de um conceito novo que ainda não tomou forma? Não é nada. Do mesmo jeito, mesmo que tenha uma forma esbelta, uma arquitetura não é nada se não trouxer um conceito bem fundamentado.



E para dar fundamentação a uma ideia, para dar forma ao conceito (novo ou não) que traz sua arquitetura. O primeiro passo não se baseia em representar ou projetar, como muitos equivocadamente fazem. O primeiro passo para fundamentar uma ideia é viver o conceito desta ideia, somente após viver este novo conceito, após aplica-lo no imenso laboratório que é sua vida, após sentir as mudanças que determinado conceito traz, somente após isto você terá pleno conhecimento para representar e projetar de forma coerente suas ideias inovadoras de mudança.





Por isto, no desenvolvimento da minha formação academica como estudante de arquitetura, procuro
viver as ideias que tenho, sejam elas inovadoras ou não. De nada adianta eu propor uma forma nova de transporte para a cidade, se eu não me proponho a me deslocar de formas diferentes pela cidade. 
As coisas se tornam mais difíceis, novas ideias não vêem se você não faz  ou procura coisas novas e interessantes. Por ultimo, acredito que o modo mais adequado para propor novas ideias, para ter uma ideia diferente, é viver de forma diferente. Sair da multidão e ver o mundo por outra perspectiva, e é basicamente nisto que minha formação se baseia.


20 de junho de 2011

Arquitetura em movimento.




Sabemos que toda arquitetura tem seu lado funcional e seu lado estético, nem somente bela nem somente funcional. Durante toda a evolução da arquitetura, o ser humano buscou o melhor jeito de conciliar a forma e função de determinada edificação. Ditados como "a forma segue a função" ganharam destaque e evidenciaram a importância e conflito entre estes dois pilares da arquitetura ao longo dos anos. 


Do ponto de vista funcional a arquitetura é ditada, entre outros fatores, pela forma como nos movimentamos e nos deslocamos. Imagine por exemplo se o ser humano tivesse asas, de inicio já não existira mais escadas. Portas e janelas não teriam mais distinção, afinal qualquer pessoa poderia entrar voando pela janela. Os ambientes internos e externos seriam mais fluidos. E o telhado? será que a forma e função permaneceriam as mesmas? 




Bom, o que eu quero dizer é que toda arquitetura que criamos esta intimamente ligada a forma como nos movimentamos. Ao terminar o projeto deste semestre na faculdade, percebi o quando influente é o veiculo na hora de projetar uma residência. Temos que projetar determinada edificação pensando na forma menos impactante com a qual o veiculo adentrara na residência, cuidar muito para não poluir a fachada principal com uma garagem. As vezes pensamos mais em como o veiculo entrara na residência do que como o ser humano entrara na residência, aconteceu comigo...


Neste contexto, talvez influenciado pelo parkour, penso constantemente como seria projetar uma residência onde as pessoas tivessem que escalar para entrar, tivessem que se abaixar para sair, rastejar para beber agua, se equilibrar para comer, e usar tantos outros movimentos que ao longo dos anos foram se perdendo. Experimente imaginar como seria...cansativo? divertido? útil? inútil? normal ao ser humano? Os anos se passaram, e nossa forma de se movimentar mudou, o ser humano contemporâneo não realiza mais os movimentos que basicamente estão em sua essência. O homem contemporâneo se queixa quando tem que caminhar,  associa exercícios com cansaço. Se movimenta somente quando necessário, e para não ficar com o corpo feio tenta compensar puxando ferro durante horas em uma academia, o que nitidamente não compensa a falta do movimento natural que o corpo humano pode, pede e deve fazer. 


Acredito que se o homem continuar negando movimentos básicos da sua essência como animal, futuramente teremos uma arquitetura voltada para o veiculo, para a moto, para o helicóptero e para o trem, mas nunca para o ser humano. Uma arquitetura feita para a maquina por um ser humano sedentário, tenho medo de pensar onde isso pode parar. E de uma forma ou de outra, de fato irá parar.




Nós, estudantes de arquitetura e urbanismo, não devemos e não podemos deixar que esta desevolução na movimentação do ser humano influencie nossa arquitetura. Temos que propor novas ideias, tanto arquitetônicas como urbanísticas. Ideias que tragam de volta a natural movimentação do ser humano. E o segredo para estas novas ideias surgirem esta basicamente no passado. Se quisermos devolver a movimentação natural do ser humano, temos que propor uma aquitetura semelhante a do passado, onde o homem precise subir uma árvore para pegar o alimento, precise escalar uma pedra pra entrar na caverna e obter abrigo, precise nadar para chegar. 






Não é fácil fazer tal proposta, ninguém hoje em dia quer ter trabalho com nada. Em uma sociedade onde o simples ato de caminhar é constantemente associado a cansaço desnecessário, propor uma nova forma de se movimentar através de propostas arquitetonicas não é fácil. Alias, não me atrevo a dizer que é fácil, mas tenho certeza absoluta que é necessário. 


Caso contrario, nossos filhos passaram 24hrs sentados em uma cadeira de rodas, que se juntara ao automóvel, para que não precisem andar até o carro. Onde o automóvel se juntara com a casa, para que não precisem andar até a casa. Onde a casa se juntara ao trabalho, para que não precisem ir correndo ao trabalho. O trabalho se juntara ao mercado, para que ninguém perca tempo indo ao mercado. E por fim, teremos filhos que viveram sentados, independente de onde estão ou para onde vão. Mas particularmente, prefiro imaginar o ser humano com asas...eheh





16 de abril de 2011

Escolha consciente.

Transporte público, automóvel ou bicicleta? Qual a sua escolha? Por quê? O que faz você escolher o automóvel ou a bicicleta como meio de locomoção? Quais são os critérios que pesam em sua decisão? Velocidade, conforto e/ou autonomia? Você já PENSOU nisso?


Bom, fiz questão de começar este texto com tais questionamentos pois raramente respondemos estas questões intencionalmente. Muitas pessoas deixam, sem perceber, que seus subconscientes as respondam, o que acaba por resultar escolhas incertas e muitas vezes desconhecidas até mesmo para quem as fez. Então, você soube responder as questões iniciais? Se não soube responder você é mais um que é dominado por escolhas incertas do seu subconsciente.

Digo escolhas incertas pois nosso subconsciente é controlado por diversos fatores que não dizem respeito ao nosso bem estar permanente. Nosso subconsciente é muito inconstante, diariamente influenciado por tendências sociais, aspectos emocionais e/ou necessidades impulsivas momentâneas.

Fatores que não criam resultados eficientes, talvez até resultem bons resultados momentaneos, mas que a longo prazo se deterioram e se mostram ruins. São as chamadas escolhas impulsivas, muito abordadas quando falamos em compras e aquisição de bens materiais. Muitas vezes as fazemos no calor do momento, sem pensar nas consequências da escolha. Estas são escolhas do nosso subconsciente, não escolhas pensadas premeditadamente.

É interessante ver que no subconsciente das pessoas há uma sequência interessante de preferências por de trás da escolha do meio de transporte, essa sequência diz respeito a conforto, velocidade e autonomia do meio de locomoção:

Primeiro: Automóvel  (mais conforto, mais velocidade, maior autonomia)
Segundo: Transporte público (conforto mediano, velocidade mediana, autonomia mediana)
Terceiro: Bicicleta, ou outro meio que envolva a tração humana ( conforto baixo, velocidade baixa, autonomia mediana)

O que quero enfatizar, é que não há para a maioria das pessoas uma escolha pensada premeditadamente quando falamos em meios de transporte. As pessoas escolhem o automóvel porque seu subconsciente as dizem que é o meio de locomoção mais eficiente, mais confortável e com maior autonomia. Ousam até dizer que o automóvel é o meio de transporte mais prazeroso. Fecham os olhos para o caos que iram enfrentar diariamente nas cidades engarrafadas. Por quê?

Simples. Porque as mídias televisivas vendem para o nosso subconsciente um produto que parece ser independente das ruas e cidades, um produto que independe da quantidade já existente. Vendem um produto perfeito e independente, o que nitidamente não é verdade.

E como muitas pessoas não pensam premeditadamente(ou pensam premeditadamente somente no valor gasto na compra), acabam por comprar automóveis e se locomover de uma forma desagradável. Por fim, passam horas e mais horas parados no trânsito, culpando a sinaleira, o barbeiro do lado, o governo que não faz mais ruas. Passam diariamente horas e mais horas reclamando do mundo, quando na verdade deveria reclamar unicamente da escolha equivocada feita pelo seu subconsciente.


E estas escolhas equivocadas do subconsciente não se aplicam em escolher somente o automóvel, muitas pessoas(como eu) escolhem o ônibus para um curto trajeto pois acreditam ser melhor que pegar a bicicleta e ir pedalando.

Pois bem, vou exemplificar a minha situação em relação a ônibus/bicicleta. Para ir de casa até a faculdade de ônibus, eu gastava em média 45min pra ir e 45min pra voltar, ao fazer este mesmo trajeto de bicicleta eu passei a gastar 10min pra ir e 10min para voltar. Meu grande problema, que me fez resistir à bicicleta durante anos, foi o esforço que é necessário fazer para se deslocar. Acordar de manha e já pedalar não era algo que me agradava.
Engano do meu subconsciente. Muitas vezes eu pegava onibus lotado, apertado, demorado e cansativo. Com meu subconsciente me dizendo ser a melhor escolha, mas na verdade o dia estava perfeito para pedalar e sentir a brisa surrar a cara. Ao aderir a bicicleta, pego manhas agradáveis, com clima bom, onde escuto uma boa música, onde não fico parado esperando.

Eu diria que foi uma mudança perfeita, usar a bicicleta ao invés do onibus. Mas se eu fizesse tal afirmação estaria sendo leviano, talvez guiado pelo meu subconsciente. Em um mês usando bicicleta já furei meu pneu e tive que empurra-la, já peguei dias de chuva que não pude contar com minha bicicleta, já suei muito voltando meio dia para casa. Enfim, não é uma escolha perfeita. Mas não cabe a nós buscar escolhas perfeitas, devemos colocar na balança e pensar no que é mais vantajoso. Buscar uma escolha perfeita é coisa do nosso subconsciente, e já sabemos do que ele é capaz. Devemos pensar, premeditar!

Para mim, após pensar, refletir e experenciar as alternativas. O melhor foi usar a bicicleta. Não que eu não vá me preocupar, ou que eu não vá passar apuros como quem esta dentro do ônibus ou dentro do carro. Mas a grande diferença é que estes seram apuros premeditados, tenho ciência dos problemas de usar a bicicleta como transporte e sendo assim já sei como contornar tais problemas. Meu subconsciente continua me dizendo outras alternativas, talvez um carro ou uma moto. Normal, impossível eu não ser influenciado pela sociedade e mídia que me cercam. O que não é impossível é eu separar meu inconsciente do meu consciente, e assim fazer as boas escolhas pensadas premeditadamente.


Veja bem, não quero dizer aqui qual o melhor ou pior meio de locomoção para você. Quero apenas mostrar um ponto de vista diferente em relação aos nossos atuais meios de locomoção. Quem vai decidir o que é melhor ou pior para você são suas escolhas pensadas premeditadamente, e estas só podem ser feitas por você.




3 de abril de 2011

lludwig.blogspot.com

Bom, decidi mudar o endereço do blog por dois motivos. Primeiro que desde a criação do blog a intenção era que o mesmo funcionasse para expor o pensamento dos praticantes da cidade. A ideia era que houvesse a participação de todos, fato que não ocorreu. Muitas pessoas não gostam de blog, não gostam de escrever, não gostam de ler, ou simplesmente não tiveram tempo para participar ativamente do blog: parkourblumenal.blogspot.com. Cada pessoa tem seus gostos e vontades, não da de impor a participação de ninguém.

Outro ponto chave para mudar o endereço foi que a partir de hoje não seram postados somente textos de parkour, quero compartilhar mais sobre outras praticas e disciplinas importantes na minha vida.

Sendo assim, não faz sentido eu escrever ideias minhas e as veicular como sendo ideias de todos praticantes de blumenau. Por isso vou mudar a cara do blog inserindo não somente textos de parkour, mas também de arquitetura e urbanismo, yoga(minha mais nova pratica) e outros textos inerentes a vida e reflexão sobre a mesma.

Quero compartilhar as experiências que estou tendo com a pratica do yoga, que iniciei para complementar os treinos para parkour. Mas que hoje já assume um papel totalmente independente do parkour. Alem de expor mais minhas ideias a respeito da arquitetura e urbanismo, área profissional que escolhi para trabalhar e viver, e da qual ainda estou em formação acadêmica.

Alias, eu já tentei recentemente criar outro blog para expor minhas ideias de arquitetura, mas não deu certo. Talvez pelo fato de a arquitetura estar presente no meu parkour da mesma forma que meu parkour esta contido no meu aprendizado acadêmico.

Para divulgar assuntos do parkour em blumenau, foi resolvido em reunião da AbluPk que será criado outro blog.  Me coloco a disposição para ajudar no que for ;D

Espero que com estas mudanças mais assuntos possam ser compartilhados para mais pessoas, aumentando assim a qualidade e diversidade das informações.

Abraços e bons treinos!

26 de março de 2011

Assim como meu bonsai.

Sempre tive uma grande admiração pela arte do bonsai, gostava muito da ideia de dedicar todo tipo de cuidado e deixar um pequeno bonsai como se fosse uma miniatura de uma árvore de grande porte. Talvez influenciado pelo grande mestre Miyagi, do filme karate kid, que eu via na minha infância, sei la...haha.

Sim, era uma admiração superficial, não era nada mais que cultivar uma planta em um vaso e deixa-la bela.
Mas um dia durante uma aula de paisagismo meu professor falou algo que ficou na minha mente e me fez refletir, algo parecido com isto: "Árvores que crescem rápido, crescem rápido porque não perdem tempo fortalecendo seus galhos fracos. Árvores com crescimento lento ,crescem devagar pois fortalecem bem seus galhos".


A partir dai passei a associar este pensamento com o bonsai, e com o cuidado que o mestre Miyagi tinha com eles no filme. Quando pequeno eu pensava que bonsai era algo irado que os velhos das artes marciais faziam pra passar o tempo. Hoje, quando penso no cultivo de uma árvore dentro de um vaso. Lembro na hora do cultivo da alma/espírito dentro do corpo, ao qual treinamos exaustivamente todos os dias para fortalecer. Depois que passei a fazer esta associação, passei a admirar a arte do bonsai de uma forma menos superficial e mais apaixonante.

Foi então que a uns messes atrás comprei meu primeiro bonsai, uma Serissa de 5anos de idade, recebi assustado uma lista de recomendações e cuidados que eu deveria ter. Na hora eu pensei: "pronto, agora alem de treinar e cuidar do meu corpo e alma tenho que cuidar de um bonsai". Coisas como dar água todos os dias cria certas limitações, por exemplo, como fazer uma possível viagem onde se fica longe de casa 7 dias? Quem cuidara do bonsai da forma correta? No momento me senti com muita responsabilidade.

Hoje, com o passar dos dias, vejo que cultivar um bonsai, dia após dia, traz junto com a responsabilidade muitos ensinamentos. Vai alem da beleza estética da árvore. Neste pouco tempo que estou com meu bonsai, já o vejo como uma referencia e como um exemplo.Vejo coisas nele as quais quero presentes em mim.

Por exemplo, como falei antes, é sabido pela botânica que quanto mais rápido cresce uma árvore, mais fraca se torna sua madeira. Da mesma forma, quanto mais lento for o seu crescimento, mais forte a madeira se torna. Fato que ocorre em nossas vidas também, quanto mais lentamente eu me preparar, quanto menos pressa em chegar e mais paciência em aprender eu tiver, mais forte e solido será meu aprendizado como um todo. De certa forma eu já sabia disto, mas foi meu bonsai quem clarificou e exemplificou esta ideia.

Outro ponto bastante bacana que aprendi com meu bonsai, é que precisamos de cuidados. Mas de cuidados alem dos necessários e já sabidos como alimentação, água e exercícios. Isto é o básico para mantermos nossa saúde em dia. Se quisermos mais do que apenas manter nossa saúde precisamos nos cuidar mais, precisamos parar de vez enquando, massagear nossos pés que nos sustentam todos os dias, tirar um tempo pra não pensar em nada (meditar se preferir), descansar a mente, acalmar o corpo...Coisas que parecem banais por nos darem uma pequena evolução, mas que com o passar do tempo se tornão essenciais pra se crescer de forma saudável (e metaforicamente falando, fortalecer nossa madeira).


Muitas pessoas se confundem, pensam que se não estão doente estão saudáveis, e por pensar assim deixam de ter um lento mas solido crescimento em sua saúde como um todo. Um lento mas solido crescimento na saúde, assim como meu bonsai.

Hoje vejo que assim como meu bonsai, eu estou me fortalecendo muito de uma forma lenta. Estou adquirindo muito conhecimento na pratica do Yoga, tanto conhecimento físico como psicológico. Estou me preservando muito, realizando mais treinos para parkour do que treinando parkour em si. Estou no tempo, encarando dias de sol e dias de chuva, assim como meu bonsai. E assim como ele, também estou plantado em um vaso que limita meu crescimento desordenado. Que vaso é este? Bem, sinceramente enquanto escrevia este texto eu não tinha a menor ideia. Talvez fossem meus conceitos, minhas ideias, minha condição financeira, meus objetivos. Talvez meu vaso fosse o caminho que eu trilho, que me impede de seguir o caminho do mal, que não me deixa dessistir diante das dificuldades que aparecem.
Então, após refletir muito, percebi que meu vaso é o caminho que escolho diariamente. O caminho que sigo e limita meu crescimento desenfreado e desordenado para direções duvidosas...

E o mais incrivel é que não importa o quando desenvolvo minha arvore pessoal e espiritual, meu vaso nunca crescera junto. Meu caminho estara sempre a minha frente, não importa o quanto eu ande, não importa o quanto eu corra, ele estara sempre a minha frente me limitando, assim como o vaso do meu bonsai.


Sendo assim, por mais feliz que eu esteja com meu atual desenvolvimento, eu não me engano, não mais. Eu serei sempre um bonzai, independente da minha evolução. Por mais que eu fortaleça meu caule, e  por mais que eu pareça ser uma árvore grande e forte. Eu serei sempre um bonsai. Aos olhos de uns, parecido com uma pequena mas sabia árvore, aos olhos de outros parecido com uma árvore grande e fraca. Mas assim como meu bonzai, independente das grandes ou pequenas arvores, dos pequenos ou grandes olhares, eu fico muito feliz desenvolvendo minha árvore interior, de uma forma lenta e particular. Seguindo sempre meu caminho, assim como meu bonsai, que apesar do tempo e de seu crescimento não sai nunca do seu pequeno e maravilhoso vaso...



Agora um ano mais velho...\o/

7 de março de 2011

Video movimentação



Como resultado da movimentação tivemos varias doações, entre comida, produtos de limpeza, roupas e sapatos. Todas as doações foram encaminhadas ao batalhão de bombeiros militares no final do dia. Alem de contribuir um pouco para melhorar a triste situação de muitas pessoas, tivemos um longo e belo dia de treino. Onde a amizade e a alegria se fizeram presentes mais uma vez.

Pelas doações, pelo clima do dia e pelos momentos que passamos, eu agradeço do fundo do coração a todas as pessoas que foram e a todos que contribuiram de certa forma para que este dia acontecesse como aconteceu. O mundo precisa de atitudes, mesmo que pequenas, mesmo que parta de pessoas ditas pequenas. O mundo precisa muito destas atitudes...Um passo à frente e você não está mais no mesmo lugar.



Fica como recordação de mais um dia que ficará eternizado em nossas memorias ;D



7 de fevereiro de 2011

Ao iniciante.

Bom, se você encontrou este texto provavelmente você é de Blumenau e esta interessado em aprender um pouco sobre o parkour, saber como é a melhor forma de começar a pratica-lo na cidade ou simplesmente matar a curiosidade sobre o esporte, se algum destes for o seu caso, seja bem vindo!

Espero exclarecer neste texto todas as possíveis duvidas que um iniciante possa ter sobre o parkour, exclarecer como funciona o parkour aqui em Blumenau e oferecer uma orientação completa sobre como começar a praticar de forma responsável e correta.

Primeira coisa que você deve saber, parkour não é ficar pulando em tudo que você vê pela frente. Um tracer(como é chamado o praticante de parkour) é um CIDADÃO ACIMA DE TUDO, sendo assim age de forma correta e respeita o espaço e as pessoas que o estão utilizando. Saiba que há locais públicos e privados, sendo que nos locais públicos a pratica do parkour é legal (desde que não danifique nada e não perturbe ninguém). Nos locais privados, somente se pratica parkour com autorização direta do proprietario.
Caso contrario nada de pular muros de residências e empresas, pois como falei anteriormente: tracer é cidadão acima de tudo! (até mesmo acima de nossas vontades de fazer um movimento maneiro em determinado local inapropriado).
Leia este artigo super interessante sobre comportamento de um verdadeiro tracer:
http://parkourblumenau.blogspot.com/2009/10/comportamente-de-um-verdadeiro-tracer.html

Segunda coisa importante que você deve saber, o parkour é um esporte novo, tem aproximadamente 30anos de existência. Por isto não há no Brasil pessoas aptas a dar aulas de parkour, sendo que o mais aconselhável é sempre entrar em contato com praticantes mais antigos. Estes  ja passaram por um arduo caminho de erros e acertos, descobrindo com o tempo o modo correto e eficaz de se praticar. Alem do mais o parkour preza o altruísmo, sendo que todo conhecimento é compartilhado e dividido entre os praticantes sem nenhum tipo de cobrança. Para começar a fazer parkour aqui em Blumenau basta você entrar em contato com algum praticante mais antigo e comparecer aos treinos fixos marcados durante a semana. Você será muito bem vindo, todos praticantes são acessíveis e altruístas! Aqui em blumenau há treinos fixos durante a semana, basta comparecer aos locais para participar.

Treinos fixos semanais:

- Segunda feira,
Local: Expresso choperia.
Horário: 19hrs

- Quarta feira.
Local: Parque Ramiro.
Horário: 19hrs

- Sexta feira.
Local: parque das gaitas
Horário: 19hrs
Lembrando que estes são os treinos fixos atualmente, podem ser alterados futuramente, então o mais aconselhável é entrar em contato com algum praticante.


Para entrar em contato com algum praticante da cidade, você pode me mandar um recado aqui no blog que responderei o mais rápido possível. Ou se você tiver orkut pode entrar na comunidade do parkour em blumenau no orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=4736539que atualmente é o principal fórum de discussão e encontros da cidade.


Terceiro ponto importante a ser abordado, parkour é diferente de futebol e muito diferente de skate. Você não pode fazer parkour e ir tomar cerveja como no futebol do final de semana. Também não poderá fazer parkour sem antes preparar seu corpo. Diferente de pegar um skate e sair andando, antes de fazer parkour você precisa se alongar e se aquecer, precisa prepar seu corpo para fazer parkour.
Enfim, ao decidir praticar parkour você deve ter plena ciência que parkour é um esporte de risco, sendo assim seu comprometimento e respeito ao corpo deve ser total. Ou seja, não pense que você irá treinar parkour uma vez por semana e no final de semana você poderá ingerir bebida alcoólica, fumar cigarro e ficar sem dormir que estará tudo bem no seu treino. Definitivamente não estará nada bem. O seu parkour dependera totalmente do seu corpo, corpo forte segurança forte, corpo fraco segurança fraca. Se você não respeitar seu corpo jamais irá conseguir desenvolver sua movimentação, sem contar que estará correndo enorme risco.
Para estudar um pouco, e saber mais sobre como fazer seu treino há vários links na Internet sobre diferentes treinos, aconselho você a estudar e criar o seu próprio treino que atenda as suas necessidades.
Aqui vai um link otimo sobre como começar de forma correta os treinamentos: http://blog.parkour.com.br/2007/02/parkour-como-comear/

Quarto ponto importante, qual sua intenção? Porque fazer parkour? Se questione e ache suas respostas, pessoas diversas tem intenções diversas. Parkour não é melhor que basquete, nem melhor que nenhum outro esporte, é apenas mais uma pratica esportiva que preza o bem estar e a saúde. Pense sobre o que lhe atrai no parkour, isto é muito importante para evitar futuras desilusões. Pois no parkour não há competições e não há medalhas, se você procura reconhecimento através destes tipos de praticas é melhor fazer atletismo ou outro esporte que as possua. No parkour sua maior competição será contra você mesmo, no seu interior, travando uma batalha diária contra suas dificuldades e medos. Se superar será sua real e mais bela medalha.
Então, antes de começar a se dedicar horas e horas em determinada pratica(não somente no parkour) busque suas razões, isso ajudará você em suas buscas pessoais.


Quinto ponto importante, pratique parkour com atenção e responsabilidade. Os maiores acidentes no parkour acontecem por desatenção ou falta de responsabilidade, menosprezar a dificuldade de determinado obstáculo ou não reconhecer a atual condição física de seu corpo são grandes exemplos de irresponsabilidade, e com frequência causam acidentes. Com atenção e responsabilidade praticar parkour se torna tão perigoso quanto simplesmente caminhar...





Por fim, há muita informação insegura na Internet, infinidades de informações que se divergem em diferentes aspectos. Por isto, se você nunca praticou parkour e quer começar, evite começar sozinho. Apareça em um dos treinos marcados, ou entre em contato comigo ou algum outro praticante. Teremos enorme prazer em repassar nosso conhecimento e experiência gratuitamente.



Espero ter ajudado.





31 de janeiro de 2011

Movimentação em prol das vitimas das catástrofes ambientais

A Associação Blumenauense de Parkour(ABLUPK) promovera dia 06/02/2011, durante todo o dia no parque Ramiro Ruediger, uma arrecadação de donativos para as vitimas das catástrofes ambientais. A ideia surgiu apartir da mobilização nacional incentivada pela Associação Brasileira de Parkour (ABPK), onde varias cidades de varias partes do Brasil se mobilizam para ajudar como podem as pessoas que devido as catástrofes necessitam de ajuda.

O evento ira transcorrer no período das 8hrs até as 22hrs de domingo(06/02/2011), sendo que durante este período iram ocorrer oficinas de parkour para iniciantes e oficinas de dança de rua. A ideia principal é que todo o tipo de pessoa, praticante ou não de parkour, vá ao parque e faça sua colaboração.
Para isto iremos distribuir panfletos no parque e em outros locais, divulgar nas redes sociais da internet, e tentar algo na radio e televisão. A divulgação se faz necessária nesta mobilização para que mais pessoas possam saber da arrecadação e colaborar como puderem, para que assim a mobilização ajude substancialmente quem precise.

Mais informações:






Em Novembro de 2008 nos ajudaram, agora é nossa vez!

14 de janeiro de 2011

Rascunho de um mundo.

Nada sobre parkour, só um rascunho sobre
algumas ideias aleatórias que tive e achei
interessante deixar registrado.


Rascunho de um mundo.

As revoluções armadas nos mostram a quem pertence as melhores armas, não a quem pertence os melhores ideais. Aceitar que a paz somente se encontra através de armas, é aceitar a mentira de que existe um caminho para a paz. Não existe nem nunca existira um caminho que nos leve a paz, somente a pura ilusão de que a liberdade, paz e justiça precisam ser feitas, quando na verdade, já existem dentro de nós.

Se valer de uma arma para esclarecer o que é certo e o que é errado, a primeira vista é o caminho mais fácil, mas nunca será o mais justo. O valor de um principio nunca será medido pela força que ele pode gerar, mas sim pelos valores que tal principio pode sustentar.

Você pode dizer que age corretamente, dizer que ele esta errado e você esta certo. Mas qual a real distinção entre certo e errado? Qual a diferença entre bem e mal?
Eu lhe digo: nenhuma! O certo e o errado são interdependentes, relativos a algo e por algo instituídos. O certo e errado, existem por três motivos básicos que os institui. Primeiro pelo estado, que os tipifica em leis. Segundo pela igreja, que os tipifica em mandamentos e terceiro pela sociedade, que une estado e igreja para tipificar o certo e errado em costumes e padrões.

Um homem que mata seu semelhante por puro prazer, em nossa sociedade é dito um um homem homicida maléfico, mas em uma sociedade canibal seria apenas mais um, intitulado mau ou bom por outras tipificações. A criação do bem e do mal, é algo necessário para a vida em sociedade. O bem varia de sociedade para sociedade, assim como o mal. Sendo assim, enquanto houver diferentes sociedades iram existir muitos certos e errados. Enquanto as pessoas buscarem ser boas apenas em suas sociedades, e não em seu interior de forma plena, não admitindo assim a mutação que o bem o mal sofre em diferentes povos, as guerras entre os ditos países certos e países errados iram continuar derramando sangue inocente.


...

12 de janeiro de 2011

Novo ano, novo treinamento.

Fazia algum tempo que eu tinha interesse em praticar Yoga, mas sempre aparecia algo que me impedia no momento, ontem enfim consegui ir até um local que oferece aulas aqui na cidade(jardim do Yoga) e finalmente comecei a praticar.


Foi uma sensação totalmente nova para mim, onde encontrei um ambiente totalmente novo e desconhecido, pessoas diferentes com pontos de vista e objetivos diferentes do encontrado no parkour e finalmente uma pratica nova, calma e exaustiva! ahahah

Ao que parece, foi a primeira vez que pratiquei, a pratica exige muito de alongamento, força, controle físico e mental. Alem de trazer muita paz! Era exatamente isto que eu procurava para complementar meus treinos. Muitos dos exercícios meu corpo não conseguia realizar e os poucos que conseguia eram realizados de forma errónea ou incompleta, o professor falou durante a aula que precisava de tempo e treino. Me lembrou eu falando para os iniciantes de parkour que vão aos treinos...

Outro aspecto que notei, foi como o praticante novo de parkour se sente quando vai em seu primeiro treino e fica tímido em se movimentar. Eu cheguei no espaço onde se oferece aulas de Yoga sozinho, na cara e na vontade, como um iniciante de parkour (que sempre serei...). Chegando lá encontrei um espaço totalmente novo, com movimentos novos, um clima novo, eu fiquei tímido também. Não é fácil estar acostumado a andar na calçada e derrepende pular os muros que te cercam, da mesma forma não foi fácil chegar em um ambiente novo e abrir a mente para uma nova pratica, mesmo estando muito afim de aprender, não é fácil.
Quando comecei a treinar parkour, não havia ninguém para ensinar, então aprendi meio que sozinho. Eu não tinha muito ideia de como um praticante novo se sente quando aparece no treino para aprender, hoje já compreendo um pouco mais, é complicado, ainda mais quando a pessoa chega sozinha só na vontade.

A aula foi passando e comecei a me sentir mais a vontade, os professores tem muito conhecimento a compartilhar e os movimentos são muitos, mais muito complexos. Necessitam tanto controle, equlibrio, força e condicionamento mental como qualquer outro movimento do parkour. Sai de lá muito realizado e feliz, o Yoga superou minhas expectativas(que já eram positivas). Espero que aliado ao parkour o Yoga melhore a partir de hoje meu corpo e minha mente, diversificando um pouco mais meu treinamento, assim como minha movimentação, em breve posto mais informações. Comecei ontem, então fica impossível pra mim passar informações mais técnicas e aprofundadas sobre a pratica. Mas uma coisa é certa, encontrei a pratica perfeita para meu corpo, com a qual meu parkour vai passar muito tempo andando e se desenvolvendo.