12 de dezembro de 2009

Os ombros que suportam o mundo

1935 - SENTIMENTO DO MUNDO


Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.

Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.

Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertam ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.


....

9 de dezembro de 2009

Divida de gratidão

   É impossivel eu falar da minha historia e das transformações que sofri, sem falar de quem realmente é responsavel por cada pequena mudança que sofri no meu modo de ser, pensar e agir. Os meus amigos, que quando caio me ajudam a levantar e que na incerteza me aconselham, são os responsaveis por tudo que eu julgava ser impossivel e que hoje vivenciei e continuo vivenciando. São eles que correm riscos comigo e são eles que tão lá, debaixo de um puta sol suando e dividindo a mesma garrafa de agua quente comigo.















   As vezes passa despercebido, um simples movimento, um simples "vai lá cara!", coisas deste tipo devido a alta camaradagem se tornam tão comuns em treinos e encontros que se olharmos separadamente parecem insignificantes, mas se passarmos a olhar o contexto no qual nosso parkour esta inscrito veremos a verdadeira grandeza dos nossos momentos. Veremos que muitas vezes o amigo que diz "vai lá cara!" acredita muito mais em você do que em qualquer outra pessoa naquele momento. Veremos tambem que aquele amigo que ve você cair e sai correndo desesperadamente pra ver se esta tudo bem com você, se preocupa com seu bem estar como se você fosse um pai ou um filho. E sem duvida aquele amigo daria o proprio sangue para não ter que ver o seu naquele momento.



Encontro Parkour em Brusque




  Quando falamos em parkour falamos sempre no momento zero, aquele momento exato em que você esta executando um movimento e em que nada mais passa na sua mente a não ser curtir o movimento. Olhando este video do encontro de parkour em Brusque, percebi que o verdadeiro momento zero é o momento em que estou com meus amigos rindo e me divertindo.



                                                    

   Naquele momento nada mais me interessa, só aquele momento idiota. Vão ser estes momentos de descontração que ficaram na memoria: eu e o timo cruzando a ponte (mais de 3anos de amizade e muitos anos pela frente), a roda de viola, a galera zuando na cachoeira, a corrida exaustiva debaixo do sol e outros tantos momentos. Eu quero é que se dane os movimentos! No fim das contas são os momentos e não os movimentos que realmente nos importa, nada de movimentos explendidos, o parkour é algo tão insignificante perto da grandeza das amizades que é ridiculo da minha parte tentar explicar o que esses guerreiros significam pra mim.
 

   Muita pouca gente sabe, mais logo que nasci fui abandonado e adotado por meus verdadeiros pais. Mesmo eu tendo sérios problemas fisicos, ( tinha convulsões, peito de pato e outras coisas) e mesmo o médico aconselhando outros bebes aos meus pais eles me adotaram e me criaram, e apesar de tudo que me estava destinado a não ser, eu cresci como qualquer outra criança. Tive uma adolescencia conturbada, poucos amigos e muitos jogos de computador para compençar.

                                                     (todo mundo podre na volta de Brusque)

   Foi quando vi uma reportagem da Parkour Brasil no Faustão em meados de 2005/2006, eu nunca imaginaria que aquilo que eu via os caras fazendo mudaria completamente minha vida.
Passei a mobilizar pessoas para treinar mais pouca gente se engajava, treinando sozinho logo conheci amigos que estão até hoje lado a lado comigo. E hoje eu estou aqui, mais determinado do que nunca a manter estas amizades loucas sempre acima do meu parkour, por que foram elas, sem hipocrisia nenhuma, quem moldaram e formaram meu geito de me movimentar, de chingar, de rir e muitas vezes até de pensar (é....)


Só tenho a agradecer tudo que eles tem feito por mim e espero de coração poder retribuir.

3 de dezembro de 2009

Encontro em brusque.

Neste domingo, dia 6 de dezembro, ocorrera um encontro de parkour em
Brusque. Uma otima oportunidade para se fazer parkour em novos lugares, fazer novas amizades e
incentivar o parkour em mais uma cidade catarinense.

Enfim,  mais um encontro pra se divertir e integrar o parkour em santa catarina.

Ps. pelo jeito blumenau vai em peso denovo ;)

27 de novembro de 2009

Make your choice.

Diariamente somos obrigados a nos posicionar, somos obrigados a escolher entre um e outro, ninguem pode ter tudo ou fazer de tudo. Aliais, podemos fazer tudo e ser medianos em tudo ou escolher o que nos faz felizes e sermos realmente bons nisto. Bem, ninguem quer ser mediano. A vida desejada é feita de altos e baixos, de alegrias e tristezas, isto é fato. Decisões pequenas do dia-a-dia, como qual comida comer ou até decisões que irão influenciar toda nossa vida, como qual profisão seguir são decisões que temos e devemos fazez. Não fazer escolhas é a pior escolha que tomamos, é como viver em um ambiente escuro e escoher não acender as luzes.

Se você escolhe um caminho onde se sente feliz e pretende segui-lo até o fim, se torna inevital ter que fazer outra escolha: seguir este caminho, de forma a se dedicar integralmente de corpo e alma ou segui-lo de forma a ser apenas mais um tentando ser tudo e acabando não sendo nada.


Eu me sinto bem fazendo meu parkour, me sinto bem elevando o nivel de dificuldade dos meus movimentos e realmnte me sinto otimo rindo e fazendo besteiras com meus amigos em um domingo de sol enquanto me expresso me movimentando. Enfim, é isto que me faz feliz!


E inevitavemente, quando escolhemos uma opção temos que abrir mão de outras opções que antes abrangiam nosso mundo ( ir a uma festa bacana na sexta a noite e nos divertir um monte, ou ir treinar sabado de manhã e nos divertir um monte tambem? ). Infelizmente não podemos escolher as duas opções, temos só um corpo e nossos dias tem só 24hrs. Nossa mente quer fazer tudo, queremos beber com uns amigos, treinar com outros e nos divertir com todos. Mas não podemos, nosso corpo não aguentaria e nosso tempo nos impossibilitaria, temos que escolher.


Escolhi o parkour, e apartir do momento que fiz esta escolha me dispeço de outras. Sinto que cheguei em um nivel fisico e psicologico que exige um certo comportamento e uma certa conduta diante de certos costumes da sociedade. Não posso executar um salto de precisão a 10 metros de altura se eu não estiver cem por cento preparado para aquilo, tracer não é peladeiro que joga e vai beber. Tracer pra fazer parkour tem que estar preparado, tem que dar o sangue no treino e prolongar o treino pro dia a dia, senão a coisa não flui e pode acabar dramaticamente falando, com sangue escorrendo em um meio fio logo depois de rachar a cabeça. Não posso e não vou incentivar ninguem a fazer parkour se eu mesmo não der o exemplo de como se comportar , eu seria um criminoso se o fisesse.

Quando nós, tracers de verdade, fazemos parkour inspiramos coragem nas outras pessoas. E inevitavelmente nossas escolhas influenciam muito nas escolhas dos outros, se eu tenho uma boa conduta tanto no treino como na vida eu inspiro quem pratica a ter o mesmo. Porem, se faço movimentos dificeis e não me preparo para isto, ou se não demonstro que me preparo, estou inspirando outras pessoas a fazerem o mesmo e consequentemente minha escolha pode estar acabando com as futuras escolhas de outra pessoa.
(pois sem preparo inevitavelmente elas iram errar e pagar carro pelo erro.)




Todas as nossas ações, pequenas ou grandes, são escolhas que TEMOS que fazer. Abdicar em escolher é a pior escolha que você pode tomar.







Eu faço as minhas escolhas e sou feliz, e você?
faz as suas escolhas ou vai deixar elas fazerem 
de você mais um mediano no mundo?

24 de novembro de 2009

Salirse del camino.

Hoje, o movimento das sociedades não se inspira em ideais superiores em termos de civilização. Cada um se preocupa com seu país, com sua cidade, com sua vida. A sociedade se movimenta no sentido da maquina capitalista, a concorrência acirrada entre nós impera em todos os sentidos. A história não se move pela aspiração de um mundo melhor, nós sabemos o que ocorre: sabemos da fome e temos consciência dos crimes ambientais. Entretanto somos movidos pela ação mecânica da competição e nosso êxito pessoal é o que realmente nos importa. Precisamos ter poder, fama, dinheiro no bolso e nosso timão campeão. Tudo para conseguirmos um falso e podre reconhecimento alheio e nos sentirmos superiores aos outros, esta no sangue humano querer ser superior. Superiores a quem afinal? Ta na hora da humanidade perder esse pensamento do mundinho ianque perfeito e parar de pensar que a felicidade se encontra na matéria. Dinheiro nunca ajudou ninguem a ser feliz, pura ilusão de uma cultura capitalista auto destrutiva, que julga o caracter pelo bolso e o amor pela beleza.

Nessa sociedade hipócrita não podemos escolher nossos barcos, não nos deixam escolher nossos remos. Por isto, conforme o tempo passa e as injustiças se acentuam, eu estou cada vez mais decidido e disposto a lutar e a incentivar as pessoas a sairem deste rio, que logo irá secar, e seguirem suas vidas feitas em trilhas onde a terra é limpa e o povo é justo.

Leandro ludwig.
 
 
 
Bom para pensar antes de treinar ;D

17 de novembro de 2009

Onde esta o limite?

Hoje numa conversa em sala de aula com meu amigo Jean (chinta), vimos um vídeo onde era realizado saltos mortais em alturas nitidamente superiores a 10 metros(aterrisando na areia).
http://www.youtube.com/watch?v=oTBplY0zJrk

Foi ai que começamos a discutir sobre até onde estamos limitados, será que é mesmo possível realizar saltos de tamanha altura, ou superiores, sem se desgastar a curto e a longo prazo? ou até nós tracers temos um certo limite onde não podemos ultrapassar?

Quando comecei a fazer parkour não imaginava que poderia chegar onde estou hoje, 90% dos meus movimentos eu nunca sonhei poder um dia fazer. E aqui estou eu, será que o pensamento de quando iniciei não é o mesmo pensamento de agora em relação a limite de altura?

Diariamente vemos em entrevistas, documentarios e conversas de tracers onde se aborda o mesmo assunto: "Faço parkour pra superar meus limites!" mais quais são estes limites? de que limite estamos falando? limite da mente? limite físico? como superar cada um?

Limite significa: grandeza constante, da qual outra pode aproximar-se indefinidamente sem nunca a atingir. Podemos treinar físico e abrir nossas mentes mais jamais iremos ultrapassar nossos limites. Qual o seu limite físico? um dia você poderá executar grandes saltos de 15metros por exemplo?

Acredito que a essência do parkour esta em procurar descobrir até onde você consegue chegar, e não em literalmente chegar. É como você procurar o pote de ouro no fim do arco íris sem perceber que o ouro é o próprio arco íris. (sem perceber que era impossível ele foi la e fez.)


David Belle falou sobre o assunto em uma entrevista:
"Você não pode usar seu corpo de qualquer jeito, chega um momento em que você precisa seguir regras. Como as leis da física, e por mais que diga:"sim eu não tenho medo." você não vai se jogar de 10 metros! Você não pode saltar 10 metros. então você é obrigado a seguir um tipo de treino."

Você não pode saltar 5 metros sem antes saltar 2.5, e não vai poder saltar 10 metros se antes vc não saltar 5 metros. E assim sucessivamente até beirar seu limite.
É isso que ele quis dizer! mas uma má interpretação pode distorcer totalmente o pensamento e tornar algo possível em impossível.


Mas afinal, qual a relação entre limite e impossível?
(depois de escrever esta pergunta paramos e pensamos uns 10min)
Leandro fala: quando comecei eu tinha um limite e eu julgava impossível supera-lo, hoje superei esse limite e tornei possível o que era impossível...
Jean fala: Sim, mais neste caso assim como em outros tantos é relativo, na verdade tu não superou os limites da época, apenas descobrisse que eram falsos limites, assim como os de agora podem ou não ser falsos.


A aula termino e chegamos a conclusão que temos que buscar nossos limites, tentando supera-los e testa-los para saber se realmente são nossos limites finais ou apenas mais um limite momentâneo. Se for um limite final, otimo, vamos treinar para tentar beira-lo. Agora, se for um limite momentâneo, vamos tentar supera-lo como superamos um obstáculo nos treinos.

Sempre focando a importância de respeitar seu corpo e sua integridade para não acabar limitado mentalmente e fisicamente com o tempo.



Agradecimentos especiais ao Jean que anotou todo o assunto da aula e vai me emprestar para xerox, forneceu o laptop e ainda ajudou na reflexão e construção deste texto.

o/


Bons treinos!

10 de novembro de 2009

Aguçando as percepções.

Nesta segunda feira fizemos um treino noturno, a principio o treino corria como qualquer outro treino. Fizemos alongamentos, treinamos físico e aprimoramos algumas técnicas. Até ai normal, até que vendamos nossos olhos e tentamos "nos virar" pelo parque Ramiro, alguns movimentos até fluíram com certa naturalidade nas barras (monkey, lazy, dermitor etc..) mais percebemos como perdíamos totalmente o ponto de equilíbrio no balance quando não tínhamos mais o apoio da visão, o simples ato de se equilibrar nas barras passou a se tornar um desafio. Outro ponto que vimos ser constante foi a confiança que tínhamos em realizar certos movimentos, movimentos que executávamos com uma certa naturalidade enxergando se tornavam algo difícil de se fazer, e nós os fazíamos somente quando a confiança reinava em nosso subconsiente. Aguçamos sentidos como tato e audição, ao "passear" pelo parque as cegas percebíamos o terreno(grama ou asfalto) e nos orientávamos pela audição, nas barras onde já sabíamos onde cada barra estava conseguíamos nos orientar, já para subir uma árvore onde não tínhamos ideia de onde estava cada galho foi um verdadeiro desafio e uma gratificação ao conseguir. Enfim, foi uma experiência deslumbrante e o enriquecimento neste treino foi algo muito satisfatorio.

Agradeço aos meus amigos por mais um treino magnifico, em um lugar que já nos parecia saturado mais que ainda tem muito a oferecer em todos os aspectos.

8 de novembro de 2009

Treinando as adversidades.

Diariamente fazemos treinos físicos, técnicos e psicológicos. Mas raramente nos preocupamos em treinar nas adversidades, sejam elas: a chuva, uma calça jeans ou um simples sol do meio dia ardendo na cabeça. Vocês podem me dizer: mas não tem razão eu treinar com calça jeans se isso somente irá limitar meus movimentos, eu poderia treinar com uma calça confortável que certamente o treino renderia muito mais. Sim, por parte esse pensamento é correto, mas se pararmos para pensar que quando realmente iremos precisar usar nosso parkour nós estaremos com uma calça ruim, um sapato ruim ou em um clima ruim, passaremos a dar mais importância em treinar nas adversidades.

Neste final de semana choveu muito aqui em Blumenau, se fosse antes os tracers daqui no máximo treinariam físico sozinhos em casa. Mais não foi o que aconteceu neste final de semana, logo na sexta a noite meu amigo me chamou para treinar, tinha dado muito sol e a noite estava propicia para fazer parkour, chegando lá começamos a alongar quando derrepente começou uma tempestade, aquelas tempestades de verão que vem derrepente, as pessoas começaram a correr de um lado para o outro no parque procurando abrigo e nós ali, treinando com se nada tivesse acontecendo. Decidimos não perder o dia e nos dedicamos em fazer um treino físico.

Quadrupedal na lama, barras nas árvores com limo e agachamento na barra molhada foram só algumas das variadas formas que obteve este treino. Quase sempre treinamos no mesmo local, mas nunca tínhamos o visto daquela forma, naquela chuva o treino mudou, o local parecia ter mudado e principalmente, nossa visão mudou. Adquirimos novas percepções, sabemos que o concreto pode ou não se tornar escorregadio estando molhado, que as árvores são traiçoeiras na chuva e que o equilíbrio na barra pode se tornar mais complicado pelo simples fato de estar caindo chuva nas suas costas.


Foi uma experiência única e inesquecivel, que ficara registrada eternamente na memoria.

Abraço aos meus amigos que estiveram juntos nessa!


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Visão de um tracer.

Parque ramiro:

É o maior e mais importante parque de Blumenau, nos finais de semana reúne milhares de pessoas que vão para caminhar, jogar futebol, volei, basquete, andar de bicicleta entre outras atividades. O parque ficou muito bom depois da reforma, e por mais que pareça que o parque é bom, ele não é! esta longe de ser um parque bom, como tudo que é feito pelo poder publico foi feito para ser bonito e chamar a atenção. Aspectos como infra estrutura de base de um parque foram esquecidos. Existe apenas um bebedor para o parque inteiro e apenas dois vasos sanitários, isto em um domingo de sol onde reúne aproximadamente 2mil pessoas se torna no mínimo frustrante. Sem falar que quando chove os bueiros ficam entupidos e sem capacidade de escoar toda a agua. O fato de o estado pagar mais de 4 vigias, sem instrução nenhuma para atuar como vigia do parque não seria frustrante se os mesmos agissem de acordo com seu dever e zelassem pelo parque. Coisas como menores bebendo e ingerindo drogas ilícitas é frequente, e o que eles nos dizem? "ai já não podemos fazer nada, isto é com a policia." Sim, nós tracers reclamamos diretamente e obtivemos isto como resposta, logo após sermos proibidos de usar as árvores para pratica desportiva. A inatividade dos vigias é deprimente.
É um parque muito bonito, mais deficiente.

Conclusão: Em vez de investirem cada vez mais na estética dos parques e praças deveria ser investido mais em infra estrutura de base, para dai sim dar o mínimo de condição para uma família ir ao parque e aproveitar um belo passeio. Mas como isto não traz votos...



Nós do Parkour Blumenau buscamos isto em nossos treinos, inibir o consumo de drogas e a pratica de crimes através do esporte e da participação ativa da sociedade nas praças e parques.

30 de outubro de 2009

Parkour na Floresta.

Faz tempo que planejo um treino de parkour no meio do mato, hoje decidi organizar e bota-lo em pratica neste final de semana. Vai ser meio complexo e interessante pois como não tenho carro toda a locomoção será feita a pé. (irei de ónibus até a Nova Rússia, e de lá vou a pé procurar locais interessantes )Irei sair as 5hrs da manhã para pegar o ónibus "nova Rússia" as 7hrs. Levarei agua, frutas e pães para alimentação. Passarei o dia treinando e refletindo um pouco sobre meus treinos e sobre como posso melhora-lo. As 18:30 hrs sai o ultimo ónibus para voltar, então umas 17:30 devo ta esperando o ónibus pra não ter que voltar a pé...ahahahhah


Se o clima ajudar e der sol, irei partir sábado de manhã. Dando tudo certo pretendo fazer treinos pelo menos uma vez por mês no local, ainda não sei se vou sozinho ou se alguém vai me acompanhar, mais eu vou. (acredito que vai mais gente pelo que falei nos treinos...chinta, baiano ^^ )


Ps. se alguém do parkour se interessar eu passo o cronograma certinho. o/




Pra quem tem o mal habito de fazer parkour sempre nos mesmo locais, fica a dica! ;D


Abraço e bom parkour!

28 de outubro de 2009

Parkour na Furb.

Bom, as sucessivas palestras para o curso de educação física foram feitas de forma construtiva, e acredito que quem presenciou aprendeu um pouco mais sobre parkour e como ele esta sendo desenvolvido em blumenau.
Faremos agora uma apresentação para o festival oásis na furb, horário e dia a definir, com o intuito de promover o evento. Alem de uma apresentação no Shoping Neumarket.


Nós da parkour blumenau buscamos com estes eventos mostrar para as pessoas a verdadeira cara do parkour e quebrar os pré conceitos existentes a respeito da pratica, mostrar através dos nossos atos e da nossa boa conduta a verdadeira razão de se fazer parkour, razão esta que se torna evidente no esforço e dedicação dos praticantes para unificar e organizar cada vez mais a prática na cidade.



Agradecimento especial aos professores de educação física da Furb, que nos deram total apoio e que divulgam o parkour de forma tão competente nas salas de aula.



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Irei postar frequentemente aqui, locais onde praticamos parkour em blumenau, e o que presenciamos nestes locais.

Visão de um tracer:



Treino na praça da fonte:

O lugar é usado somente por crianças no espaço do parquinho.
Vários alcoolatras vão na praça beber e depredas o património publico.
Ponto frequente de venda de drogas, incluindo-se nessa lista maconha e crack.(porque a campanha crack nem pensar não sai da TV e vai as ruas?)
Praça é bem cuidada pelos que nela trabalham e limpa diariamente, manutenção muito boa.

Conclusão:a sociedade deveria ser chamada para praticas desportivas nas praças e parques, como a praça da fonte, inibindo assim os alcoolatras e a venda de drogas nestes locais.

Nós do Parkour Blumenau buscamos isto em nossos treinos, inibir o consumo de drogas e a pratica de crimes através do esporte e da participação ativa da sociedade nas praças e parques.

27 de outubro de 2009

Comportamente de um verdadeiro tracer.

Bom pessoal, como combinado acontecera hoje reunião na casa do timoteo sobre assuntos de interesse da associação e claro, de todos nós. Maiores informações na comunidade do orkut.



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Texto by owen e jin extraido do:
http://cambridgeparkour.blogspot.com/2006/07/ethics-of-training.html

Traduzido e interpretado por alex pires.

O texto fala sobre a importancia e a ética que um verdadeiro traceur deve seguir a fim de passar a melhor mensagem possivel do parkour para as pessoas. A minha contribuição pessoal vem em grande parte no quinto ítem que trata dos treinos.

1)Respeitar as pessoas

O parkour é uma atividade mal interpretada desde seu surgimento. Muitos ainda tem conceitos obscuros quanto a pratica e ao tipo de finalidade do Parkour. Independente disso é importante que se respeitem as pessoas, desde aquele que admira até aqueles que detem propriedades que são usadas para o treino. Evite discutir com seguranças, donos de estabelecimentos, guardas e outros tipos de pessoa que possam vir a reclamar da sua presença naquele local. Se for abordado, simplesmente pegue suas coisas de deixe o local.

Não deixe que a grosseria de alguns te tire do sério, não vale a pena discutir com pessoas que não entendem aquilo que você esta fazendo. Deixe o local sem discutir com a pessoa ou no máximo tente explicar o que estava fazendo para que eles entendam que você não é um vandalo e sim alguem que procura se exercitar de forma diferente. Tomando estas atitudes você não deixa a imagem do praticante como sendo a do cara que destroi e vai embora ou daquele que discute com os guardas e seguranças.

Procurar lugares onde exista pouca circulação de pessoas. Parkour não é exibicionismo e, portanto, não precisa ser praticado em lugares com muita concentração de pessoas. Outro detalhe é que geralmente nos lugares mais tranquilos não tem seguranças e você pode treinar o que quiser, como quiser, da maneira que quiser, sem ser atrapalhado por ninguem.

2)Respeite o local

O traceur é aquele que respeita o lugar onde pratica. O ideal é que o lugar se mantenha nas mesmas condições em que você encontrou quando chegou para treinar. Procure não quebrar, sujar, denegrir o lugar por onde passa. Manter o ambiente onde treina é importante porque evita uma série de transtornos, garante sua segurança e faz com que você tenha cada vez mais lugares para treinar.

3)Treine para você

Quando for treinar, treine para si mesmo. O parkour é uma prática que prega o desevolvimento do ser humano por meio de auto conhecimento e de treino. Ninguem é igual a ninguem, por isso comparações do tipo "Fulano é melhor do que ciclano" são inválidas.

O ponto chave do Parkour é se fortalecer, se preservar, se manter praticando, melhorar constantemente e procurar ajudar aqueles que desejam praticar tambem. Não adianta treinar várias horas todos os dias se você não descansa e depois tem que parar em definitivo. (Fato que particularmente eu já presenciei diversas vezes)

Parkour não é aquilo que você é, mas sim aquilo que você pretende ser. Treinar e fazer as coisas da forma mais saudavel possivel ainda é o melhor caminho para chegar num grau de entendimento adequado.

4)Seja Prestativo

Treinar Parkour é algo prazeiroso e para poucos privilegiados. Vale lembrar que muitas pessoas não têm condições de vida adequadas e não podem se dar ao luxo de pararem suas vidas por alguns instantes para praticar.

Alem de treinar, procure ser prestativo quando alguem te perguntar como você faz determinado movimento. Tentar explicar um movimento é bom, porque faz com que você entenda melhor o que você faz e, alem disso, faz com que outras pessoas possam entender e trocar ideias sobre como fazer isso ou aquilo. A troca de informações sobre técnica é o que vai permitir com que se façam mais coisas com menos uso de força. Fora que você pode aproveitar este meio tempo da explicação para dar uma descansada ou comer uma fruta.

5)Treine sério e silenciosamente

Procure treinar sério sempre. Treinar sério exercita sua concentração e faz com que o seu treino renda muito mais do que aqueles treinos palhaçada onde cada um faz algo aleatório durante um determinado tempo. É claro que existem os momentos de diversão, mas via de regra, procure treinar sério sempre que possível.

Um treino realmente sério pode ser intenso ou não. Algumas pessoas treinam de maneira intensa, revezando os treinos da parte superior do corpo com os da parte inferior, geralmente são treinos que ocupam de duas a três horas. Não precisa de mais tempo do que isso pois o treino foi focado e o corpo se sente confortavel e exercitado. Ou então, pode se treinar de forma menos intensa onde você vai aplicar ciclos de intensidade muito grande com momentos de descanso. Procure fazer algo novo nos treinos. Seja uma barra a mais, um planche, um saut de chat que você nunca fez. Fazer coisas novas vai te dando cada vez mais segurança sobre sua força e sobre sua capacidade de mensurar as coisas. Deixe as coisas realmente difíceis pra aqueles dias em que você sente que o seu corpo e sua concentração estão em 105%.

Tente sentir que está dia apos dia progredindo, treinando sempre a parte básica pelo maior tempo possível. Digo isso porque já vi muitos e muitos praticantes tendo que parar de praticar por certos momentos de excesso de confiança sem ter a força necessária para se fazer determinadas coisas (Desde quebrar a clavícula até cair de grandes alturas). Praticar o básico não mata ninguem, pelo contrário, só fortalece e o faz de maneira segura e confortavel. Quando praticar o básico, foque nas repetições e em como elas estão sendo feitas. Não adianta fazer 30 precisions, onde apenas 5 foram realmente bons. Procure fazer um índice onde só se pode contar os movimentos feitos de forma exímia/correta/adequada/precisa. E não comece fazendo muitas repetições pois, mesmo um pulo de 50cm de altura feito 100 vezes pode deixar os seus músculos e juntas em pedaços.

Vá semana a semana, ou mês a mês aumentando as repetições, sempre tentando conscientizar o movimento, sua saída, sua chegada e repetição a repetição, vá tentando buscar mais velocidade, sem pecar nos quesitos anteriores.

Quanto ao silencio, procure sempre se movimentar de forma silenciosa e mantenha o silencio no lugar onde esta treinando. Isso facilita a concentração e faz com que você fique focado no seu movimento e no barulho que ele faz. Procure evitar chamar a atenção com gritos, barulhos, movimentos errados e quedas. Se mover de maneira silenciosa também demanda muito mais força dos músculos do que se mover sem essa consciência. Alem de ajudar no ganho de força isso faz com que você tenha mais tato sobre onde esta cada parte do seu corpo e como que ela devera abordar as superfícies de forma a não gerar barulho.

Realmente espero que este texto possa esclarecer alguns dos pontos fundamentais que estão presentes nos meus treinos. Sempre procuro passar isso para aqueles que me conhecem. Façam isso vocês também.

Abraço e bons treinos para todos!

26 de outubro de 2009

Evento Parkour Blumenau na Furb.

Ocorrera hoje, as 20:30hrs no Campus 1 da Universidade Regional de Blumenau, Furb, uma palestra sobre parkour para os alunos do curso de educação física. A palestra tem o intuito de divulgar o parkour e fazer uma troca de conhecimento com o pessoal que estuda educação física.
Segundo foi passado a nós do parkour, os alunos da quarta fase de educação física já tiveram aulas sobre a história e movimentos do parkour. Tendo em vista este conhecimento básico que já lhes foi passado, nós do parkour iremos apenas passar um pouco de nossa experiência e mostrar na pratica a base dos movimentos, alem de falar um pouco sobre as razões de se praticar esta disciplina e de não haver competições na mesma.

Fica registrado aqui mais um evento da Parkour Blumenau, que visa sempre divulgar o bom parkour e a boa conduta que se tem ao aderir a esta pratica.

Abraços a todos, e bons treinos!

23 de outubro de 2009

DESAFIO mtv DE PARKOUR.

Como divulgado, esta sendo gravado e aplaudido por muito o desafio mtv de parkour, onde 8 dos "maiores" "tracers" do mundo irao participar. O objetivo é superar 3 desafios impressionantes, quem superar leva 10 mil dolares.



Sobre os participantes e a visão deles

Esse foi o comentário que o Daniel Arroyo fez a comunidade mundial do Parkour/Free Running sobre o evento:

"Ok, essa é a proposta. Nós todos odiamos a ideia de fazer do Parkour/Free Running uma competição; porém, juntamente com Daniel Ilabaca, Ryan Doyle, Time "Livewire" Shieff, Pip Andersen, Micheal Turner, Brian Orosco, e King David, nós decidimos participar da produção do novo show que a MTV quer veicular.

Eu e todos os outros somos atletas registrados na WFPF (Federação Mundial de Freerunning & Parkour), um grupo que luta contra a comercialização do Parkour/Free Running se não for
da forma correta. Então os executivos da MTV quiseram fazer um show competitivo, mas todos nós dissemos a eles que não o faríamos se eles fossem tratar a nossa arte daquela maneira.

Depois de muita negociação, nós e eles nos comprometemos a chamar o projeto de “Desafio” (ao invés de competição), mas quando nos entrevistarem daremos a visão de que isso não é um esporte, que é mais como uma disciplina e que a faze mos porque amamos e não porque queremos vencer e sermos considerados “o melhor”, até porque não há “um melhor”.

Encurtando a história, todos nos divertimos muito e no final acabamos nos tornando uma grande família juntamente com os patrocinadores. Amamos o que fazemos e queremos que outros se inspirem para encontrar seus limites, e de quebra, encontrarem a si mesmos no
processo.

Então, antes de vocês olharem para isso tudo como um
a competição, pensem que o Parkour/Free Running será inevitamente comercializado; a questão é: você prefere que essa comercialização seja com uma influência negativa, ou prefere que seja feita por pessoas que tem a cabeça no lugar e que são algumas das maiores figuras do movimento internacional?

















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Achei interessante este artigo sobre o assunto.



Posição do Zeric (Parkour Portugual)


"Isto faz-me lembrar a história do Rei Midas - em termos muito gerais, o Rei Midas foi 'amaldiçoado' de modo a que tudo o que tocasse se transformasse em Ouro e acabou por morrer à fome, muito rico, mas morto na mesma.

Os Americanos foram amaldiçoados com um toque par ecido, parece que tudo o que tocam se transforma em m**da, o que torna bem mais difícil para outras associações e instituições de fazer um bom trabalho. Esquecem-se que também eles irão morrer (tal como todos nós e o 'pobre' Rei Midas) e que o que fica prá posteridade é apenas o trabalho desenvolvido ao longo da vida.

Competição não é mau, não é o diabo, não é o castelo branco. A competição existe dentro de todos nós - mais nuns que outros - e é o facto de sermos competit ivos que leva à evolução - boa ou má nunca se sabe desde que seja feito em actividades que assim merecem esse destino - o parkour não é uma delas.

Ser competitivo no trabalho, na universidade, na VIDA, apenas trás benefícios a quem segue essa filosofia de vida. Competições no 'desporto rei' movem milhões de euros e as actividades radicais - e muito bem - também recebem o seu quinhão.

O que a mim me f**e é esses gajos dizerem que 'ganharam muitas batalhas mas perderam na batalha do nome parkour não aparecer associado à competição'. Epa, parkour não se enquadra no âmbito dum desporto radical, embora seja encarado como tal, o parkour foi criado com o propósito de treinar o corpo e ajudar-te a ti ou a quem precise, vem duma história pai-filho + amizades de infância que tem o seu 'je ne ces't quai' de puro, que apenas quem treina perceba. Porque não usam o nome 'free-running'? não é tud o a mesma me**da afinal? Não é 'free-running' um nome mais 'cool'? Não é o free running uma disciplina sem definições restritas? Então porque continuar a deitar por terra o nome 'Parkour'?

Só não entendo como é que o Ilabaca, um gajo com quem falei por e-mail já inumeras vezes e que se afirmava 'completamente contra competições no matter what' embarca nesta onda - ou secalhar entendo."

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MINHA VISÃO.

Pois bem, a comercialização do parkour é sim inevitavel. Mas isso não significa que a moral do meu parkour seja inevitavelmente deteriorada. Muitas discuções em torno desse assunto já foram feitas, muitos a favor, muitos contra. O que eu não entendo é toda essa polemica, em torno de um assunto tão futil.
Pra mim parkour tem um significado, tem uma filosofia e uma conduta, que eu vou levar pro resto da minha vida, independentemente de p rogramas de tv e filmes do cinema.
Toda essa discução não quer dizer nada, não traz nada, absolutamente nada. O parkour não ta mudando, não é um novo passo na história do parkour e ninguem vai aprender nada discutindo o assunto ou se posicionando.
Eu me pergunto, por que todos que são contras ficam berrando aos sete ventos e polemizando o assunto ao inves de apenas ignorar, como fazem com todo assunto futil?
E por que todos que são a favor não vão treinar para tentar um dia participar de algo parecido, ao invés de ficar vangloriando quem esta lá?
Meu parkour é simples, nao tem nada de com ple xo nem de surprendente. Mas meu parkour não se abala com futilidades, sejam estas futilidades programas de tv ou movimentos complexos.

A parada é você olhar o seu parkour e tentar dar um sentido logico e filosofico aos seus treinos, se você não fizer isto vai estar sempre se preocupando com futilidades, sejam elas fisicas morais ou psicologicas.