9 de dezembro de 2009

Divida de gratidão

   É impossivel eu falar da minha historia e das transformações que sofri, sem falar de quem realmente é responsavel por cada pequena mudança que sofri no meu modo de ser, pensar e agir. Os meus amigos, que quando caio me ajudam a levantar e que na incerteza me aconselham, são os responsaveis por tudo que eu julgava ser impossivel e que hoje vivenciei e continuo vivenciando. São eles que correm riscos comigo e são eles que tão lá, debaixo de um puta sol suando e dividindo a mesma garrafa de agua quente comigo.















   As vezes passa despercebido, um simples movimento, um simples "vai lá cara!", coisas deste tipo devido a alta camaradagem se tornam tão comuns em treinos e encontros que se olharmos separadamente parecem insignificantes, mas se passarmos a olhar o contexto no qual nosso parkour esta inscrito veremos a verdadeira grandeza dos nossos momentos. Veremos que muitas vezes o amigo que diz "vai lá cara!" acredita muito mais em você do que em qualquer outra pessoa naquele momento. Veremos tambem que aquele amigo que ve você cair e sai correndo desesperadamente pra ver se esta tudo bem com você, se preocupa com seu bem estar como se você fosse um pai ou um filho. E sem duvida aquele amigo daria o proprio sangue para não ter que ver o seu naquele momento.



Encontro Parkour em Brusque




  Quando falamos em parkour falamos sempre no momento zero, aquele momento exato em que você esta executando um movimento e em que nada mais passa na sua mente a não ser curtir o movimento. Olhando este video do encontro de parkour em Brusque, percebi que o verdadeiro momento zero é o momento em que estou com meus amigos rindo e me divertindo.



                                                    

   Naquele momento nada mais me interessa, só aquele momento idiota. Vão ser estes momentos de descontração que ficaram na memoria: eu e o timo cruzando a ponte (mais de 3anos de amizade e muitos anos pela frente), a roda de viola, a galera zuando na cachoeira, a corrida exaustiva debaixo do sol e outros tantos momentos. Eu quero é que se dane os movimentos! No fim das contas são os momentos e não os movimentos que realmente nos importa, nada de movimentos explendidos, o parkour é algo tão insignificante perto da grandeza das amizades que é ridiculo da minha parte tentar explicar o que esses guerreiros significam pra mim.
 

   Muita pouca gente sabe, mais logo que nasci fui abandonado e adotado por meus verdadeiros pais. Mesmo eu tendo sérios problemas fisicos, ( tinha convulsões, peito de pato e outras coisas) e mesmo o médico aconselhando outros bebes aos meus pais eles me adotaram e me criaram, e apesar de tudo que me estava destinado a não ser, eu cresci como qualquer outra criança. Tive uma adolescencia conturbada, poucos amigos e muitos jogos de computador para compençar.

                                                     (todo mundo podre na volta de Brusque)

   Foi quando vi uma reportagem da Parkour Brasil no Faustão em meados de 2005/2006, eu nunca imaginaria que aquilo que eu via os caras fazendo mudaria completamente minha vida.
Passei a mobilizar pessoas para treinar mais pouca gente se engajava, treinando sozinho logo conheci amigos que estão até hoje lado a lado comigo. E hoje eu estou aqui, mais determinado do que nunca a manter estas amizades loucas sempre acima do meu parkour, por que foram elas, sem hipocrisia nenhuma, quem moldaram e formaram meu geito de me movimentar, de chingar, de rir e muitas vezes até de pensar (é....)


Só tenho a agradecer tudo que eles tem feito por mim e espero de coração poder retribuir.

Um comentário:

Le Parkour Blumenau - Jean (chinta) disse...

já retribuiu muito mano

abração