27 de novembro de 2009

Make your choice.

Diariamente somos obrigados a nos posicionar, somos obrigados a escolher entre um e outro, ninguem pode ter tudo ou fazer de tudo. Aliais, podemos fazer tudo e ser medianos em tudo ou escolher o que nos faz felizes e sermos realmente bons nisto. Bem, ninguem quer ser mediano. A vida desejada é feita de altos e baixos, de alegrias e tristezas, isto é fato. Decisões pequenas do dia-a-dia, como qual comida comer ou até decisões que irão influenciar toda nossa vida, como qual profisão seguir são decisões que temos e devemos fazez. Não fazer escolhas é a pior escolha que tomamos, é como viver em um ambiente escuro e escoher não acender as luzes.

Se você escolhe um caminho onde se sente feliz e pretende segui-lo até o fim, se torna inevital ter que fazer outra escolha: seguir este caminho, de forma a se dedicar integralmente de corpo e alma ou segui-lo de forma a ser apenas mais um tentando ser tudo e acabando não sendo nada.


Eu me sinto bem fazendo meu parkour, me sinto bem elevando o nivel de dificuldade dos meus movimentos e realmnte me sinto otimo rindo e fazendo besteiras com meus amigos em um domingo de sol enquanto me expresso me movimentando. Enfim, é isto que me faz feliz!


E inevitavemente, quando escolhemos uma opção temos que abrir mão de outras opções que antes abrangiam nosso mundo ( ir a uma festa bacana na sexta a noite e nos divertir um monte, ou ir treinar sabado de manhã e nos divertir um monte tambem? ). Infelizmente não podemos escolher as duas opções, temos só um corpo e nossos dias tem só 24hrs. Nossa mente quer fazer tudo, queremos beber com uns amigos, treinar com outros e nos divertir com todos. Mas não podemos, nosso corpo não aguentaria e nosso tempo nos impossibilitaria, temos que escolher.


Escolhi o parkour, e apartir do momento que fiz esta escolha me dispeço de outras. Sinto que cheguei em um nivel fisico e psicologico que exige um certo comportamento e uma certa conduta diante de certos costumes da sociedade. Não posso executar um salto de precisão a 10 metros de altura se eu não estiver cem por cento preparado para aquilo, tracer não é peladeiro que joga e vai beber. Tracer pra fazer parkour tem que estar preparado, tem que dar o sangue no treino e prolongar o treino pro dia a dia, senão a coisa não flui e pode acabar dramaticamente falando, com sangue escorrendo em um meio fio logo depois de rachar a cabeça. Não posso e não vou incentivar ninguem a fazer parkour se eu mesmo não der o exemplo de como se comportar , eu seria um criminoso se o fisesse.

Quando nós, tracers de verdade, fazemos parkour inspiramos coragem nas outras pessoas. E inevitavelmente nossas escolhas influenciam muito nas escolhas dos outros, se eu tenho uma boa conduta tanto no treino como na vida eu inspiro quem pratica a ter o mesmo. Porem, se faço movimentos dificeis e não me preparo para isto, ou se não demonstro que me preparo, estou inspirando outras pessoas a fazerem o mesmo e consequentemente minha escolha pode estar acabando com as futuras escolhas de outra pessoa.
(pois sem preparo inevitavelmente elas iram errar e pagar carro pelo erro.)




Todas as nossas ações, pequenas ou grandes, são escolhas que TEMOS que fazer. Abdicar em escolher é a pior escolha que você pode tomar.







Eu faço as minhas escolhas e sou feliz, e você?
faz as suas escolhas ou vai deixar elas fazerem 
de você mais um mediano no mundo?

24 de novembro de 2009

Salirse del camino.

Hoje, o movimento das sociedades não se inspira em ideais superiores em termos de civilização. Cada um se preocupa com seu país, com sua cidade, com sua vida. A sociedade se movimenta no sentido da maquina capitalista, a concorrência acirrada entre nós impera em todos os sentidos. A história não se move pela aspiração de um mundo melhor, nós sabemos o que ocorre: sabemos da fome e temos consciência dos crimes ambientais. Entretanto somos movidos pela ação mecânica da competição e nosso êxito pessoal é o que realmente nos importa. Precisamos ter poder, fama, dinheiro no bolso e nosso timão campeão. Tudo para conseguirmos um falso e podre reconhecimento alheio e nos sentirmos superiores aos outros, esta no sangue humano querer ser superior. Superiores a quem afinal? Ta na hora da humanidade perder esse pensamento do mundinho ianque perfeito e parar de pensar que a felicidade se encontra na matéria. Dinheiro nunca ajudou ninguem a ser feliz, pura ilusão de uma cultura capitalista auto destrutiva, que julga o caracter pelo bolso e o amor pela beleza.

Nessa sociedade hipócrita não podemos escolher nossos barcos, não nos deixam escolher nossos remos. Por isto, conforme o tempo passa e as injustiças se acentuam, eu estou cada vez mais decidido e disposto a lutar e a incentivar as pessoas a sairem deste rio, que logo irá secar, e seguirem suas vidas feitas em trilhas onde a terra é limpa e o povo é justo.

Leandro ludwig.
 
 
 
Bom para pensar antes de treinar ;D

17 de novembro de 2009

Onde esta o limite?

Hoje numa conversa em sala de aula com meu amigo Jean (chinta), vimos um vídeo onde era realizado saltos mortais em alturas nitidamente superiores a 10 metros(aterrisando na areia).
http://www.youtube.com/watch?v=oTBplY0zJrk

Foi ai que começamos a discutir sobre até onde estamos limitados, será que é mesmo possível realizar saltos de tamanha altura, ou superiores, sem se desgastar a curto e a longo prazo? ou até nós tracers temos um certo limite onde não podemos ultrapassar?

Quando comecei a fazer parkour não imaginava que poderia chegar onde estou hoje, 90% dos meus movimentos eu nunca sonhei poder um dia fazer. E aqui estou eu, será que o pensamento de quando iniciei não é o mesmo pensamento de agora em relação a limite de altura?

Diariamente vemos em entrevistas, documentarios e conversas de tracers onde se aborda o mesmo assunto: "Faço parkour pra superar meus limites!" mais quais são estes limites? de que limite estamos falando? limite da mente? limite físico? como superar cada um?

Limite significa: grandeza constante, da qual outra pode aproximar-se indefinidamente sem nunca a atingir. Podemos treinar físico e abrir nossas mentes mais jamais iremos ultrapassar nossos limites. Qual o seu limite físico? um dia você poderá executar grandes saltos de 15metros por exemplo?

Acredito que a essência do parkour esta em procurar descobrir até onde você consegue chegar, e não em literalmente chegar. É como você procurar o pote de ouro no fim do arco íris sem perceber que o ouro é o próprio arco íris. (sem perceber que era impossível ele foi la e fez.)


David Belle falou sobre o assunto em uma entrevista:
"Você não pode usar seu corpo de qualquer jeito, chega um momento em que você precisa seguir regras. Como as leis da física, e por mais que diga:"sim eu não tenho medo." você não vai se jogar de 10 metros! Você não pode saltar 10 metros. então você é obrigado a seguir um tipo de treino."

Você não pode saltar 5 metros sem antes saltar 2.5, e não vai poder saltar 10 metros se antes vc não saltar 5 metros. E assim sucessivamente até beirar seu limite.
É isso que ele quis dizer! mas uma má interpretação pode distorcer totalmente o pensamento e tornar algo possível em impossível.


Mas afinal, qual a relação entre limite e impossível?
(depois de escrever esta pergunta paramos e pensamos uns 10min)
Leandro fala: quando comecei eu tinha um limite e eu julgava impossível supera-lo, hoje superei esse limite e tornei possível o que era impossível...
Jean fala: Sim, mais neste caso assim como em outros tantos é relativo, na verdade tu não superou os limites da época, apenas descobrisse que eram falsos limites, assim como os de agora podem ou não ser falsos.


A aula termino e chegamos a conclusão que temos que buscar nossos limites, tentando supera-los e testa-los para saber se realmente são nossos limites finais ou apenas mais um limite momentâneo. Se for um limite final, otimo, vamos treinar para tentar beira-lo. Agora, se for um limite momentâneo, vamos tentar supera-lo como superamos um obstáculo nos treinos.

Sempre focando a importância de respeitar seu corpo e sua integridade para não acabar limitado mentalmente e fisicamente com o tempo.



Agradecimentos especiais ao Jean que anotou todo o assunto da aula e vai me emprestar para xerox, forneceu o laptop e ainda ajudou na reflexão e construção deste texto.

o/


Bons treinos!

10 de novembro de 2009

Aguçando as percepções.

Nesta segunda feira fizemos um treino noturno, a principio o treino corria como qualquer outro treino. Fizemos alongamentos, treinamos físico e aprimoramos algumas técnicas. Até ai normal, até que vendamos nossos olhos e tentamos "nos virar" pelo parque Ramiro, alguns movimentos até fluíram com certa naturalidade nas barras (monkey, lazy, dermitor etc..) mais percebemos como perdíamos totalmente o ponto de equilíbrio no balance quando não tínhamos mais o apoio da visão, o simples ato de se equilibrar nas barras passou a se tornar um desafio. Outro ponto que vimos ser constante foi a confiança que tínhamos em realizar certos movimentos, movimentos que executávamos com uma certa naturalidade enxergando se tornavam algo difícil de se fazer, e nós os fazíamos somente quando a confiança reinava em nosso subconsiente. Aguçamos sentidos como tato e audição, ao "passear" pelo parque as cegas percebíamos o terreno(grama ou asfalto) e nos orientávamos pela audição, nas barras onde já sabíamos onde cada barra estava conseguíamos nos orientar, já para subir uma árvore onde não tínhamos ideia de onde estava cada galho foi um verdadeiro desafio e uma gratificação ao conseguir. Enfim, foi uma experiência deslumbrante e o enriquecimento neste treino foi algo muito satisfatorio.

Agradeço aos meus amigos por mais um treino magnifico, em um lugar que já nos parecia saturado mais que ainda tem muito a oferecer em todos os aspectos.

8 de novembro de 2009

Treinando as adversidades.

Diariamente fazemos treinos físicos, técnicos e psicológicos. Mas raramente nos preocupamos em treinar nas adversidades, sejam elas: a chuva, uma calça jeans ou um simples sol do meio dia ardendo na cabeça. Vocês podem me dizer: mas não tem razão eu treinar com calça jeans se isso somente irá limitar meus movimentos, eu poderia treinar com uma calça confortável que certamente o treino renderia muito mais. Sim, por parte esse pensamento é correto, mas se pararmos para pensar que quando realmente iremos precisar usar nosso parkour nós estaremos com uma calça ruim, um sapato ruim ou em um clima ruim, passaremos a dar mais importância em treinar nas adversidades.

Neste final de semana choveu muito aqui em Blumenau, se fosse antes os tracers daqui no máximo treinariam físico sozinhos em casa. Mais não foi o que aconteceu neste final de semana, logo na sexta a noite meu amigo me chamou para treinar, tinha dado muito sol e a noite estava propicia para fazer parkour, chegando lá começamos a alongar quando derrepente começou uma tempestade, aquelas tempestades de verão que vem derrepente, as pessoas começaram a correr de um lado para o outro no parque procurando abrigo e nós ali, treinando com se nada tivesse acontecendo. Decidimos não perder o dia e nos dedicamos em fazer um treino físico.

Quadrupedal na lama, barras nas árvores com limo e agachamento na barra molhada foram só algumas das variadas formas que obteve este treino. Quase sempre treinamos no mesmo local, mas nunca tínhamos o visto daquela forma, naquela chuva o treino mudou, o local parecia ter mudado e principalmente, nossa visão mudou. Adquirimos novas percepções, sabemos que o concreto pode ou não se tornar escorregadio estando molhado, que as árvores são traiçoeiras na chuva e que o equilíbrio na barra pode se tornar mais complicado pelo simples fato de estar caindo chuva nas suas costas.


Foi uma experiência única e inesquecivel, que ficara registrada eternamente na memoria.

Abraço aos meus amigos que estiveram juntos nessa!


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Visão de um tracer.

Parque ramiro:

É o maior e mais importante parque de Blumenau, nos finais de semana reúne milhares de pessoas que vão para caminhar, jogar futebol, volei, basquete, andar de bicicleta entre outras atividades. O parque ficou muito bom depois da reforma, e por mais que pareça que o parque é bom, ele não é! esta longe de ser um parque bom, como tudo que é feito pelo poder publico foi feito para ser bonito e chamar a atenção. Aspectos como infra estrutura de base de um parque foram esquecidos. Existe apenas um bebedor para o parque inteiro e apenas dois vasos sanitários, isto em um domingo de sol onde reúne aproximadamente 2mil pessoas se torna no mínimo frustrante. Sem falar que quando chove os bueiros ficam entupidos e sem capacidade de escoar toda a agua. O fato de o estado pagar mais de 4 vigias, sem instrução nenhuma para atuar como vigia do parque não seria frustrante se os mesmos agissem de acordo com seu dever e zelassem pelo parque. Coisas como menores bebendo e ingerindo drogas ilícitas é frequente, e o que eles nos dizem? "ai já não podemos fazer nada, isto é com a policia." Sim, nós tracers reclamamos diretamente e obtivemos isto como resposta, logo após sermos proibidos de usar as árvores para pratica desportiva. A inatividade dos vigias é deprimente.
É um parque muito bonito, mais deficiente.

Conclusão: Em vez de investirem cada vez mais na estética dos parques e praças deveria ser investido mais em infra estrutura de base, para dai sim dar o mínimo de condição para uma família ir ao parque e aproveitar um belo passeio. Mas como isto não traz votos...



Nós do Parkour Blumenau buscamos isto em nossos treinos, inibir o consumo de drogas e a pratica de crimes através do esporte e da participação ativa da sociedade nas praças e parques.