24 de fevereiro de 2012

Dois pra lá, dois pra cá.



Como se dançasse um bolero, o trânsito em Blumenau vai dois pra lá dois pra cá e não sai do lugar. Pois quando se implantam medidas positivas para a boa fluência do trânsito, como o corredor de ônibus, se exclui outras medidas positivas como as ciclovias e ciclofaixas. Fato que ocorreu literalmente na rua São Paulo, em frente escola Machado de Assis. Consequentemente, como nos ensina a física, toda ação traz uma reação. E a não ação do governo no que diz respeito a ciclovias esta causando uma reação meio obvia no trânsito, o ciclista sem opção esta utilizando o próprio corredor de ônibus para se deslocar. É obvio, tire as calçadas e veja se o pedestre não irá andar na rua.


Cria-se então um atrito desnecessário e retrogrado entre ônibus e bicicleta. Digo retrogrado pois em cidades modelos, ônibus e bicicletas são aliados e trabalham juntos para um transito mais fluente e integrado. Não devemos nos restringir escolhendo entre ônibus, bicicleta ou carro. Devemos sim, valorizar a intermodalidade entre estes diferentes modais. Corredor de ônibus não é a solução para o trânsito de Blumenau, assim como os carros e bicicletas também não o são. Talvez nunca exista um único meio de transporte que resolva o trânsito em nossas cidades contemporâneas, não se trata de encontrar uma única solução.

Até porque nosso trânsito atende pessoas com necessidades e interesses diferentes, desta forma necessita de diferentes soluções. E estas diferentes soluções se fundamentam principalmente na integração harmoniosa entre os diferentes modais, nossos ônibus e nossas recentes estações de pré embarque precisam ser adaptados urgentemente as bicicletas tanto quanto o são aos pedestres e carros. Bons exemplos e referencias para tal integração não nos faltam, talvez nos falte uma visão de futuro que vá alem de 2050.  Uma visão de futuro aplicada agora no presente, que transforme a energia gerada por estes atritos desnecessários em ações positivas. E que estas ações positivas façam nosso trânsito ser movido ao som de um novo bolero. Um bolero harmonioso, fluente e integrado.

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