Senão, é como amar uma cidade só linda. E dai? Nossa Blumenau tem que ter algo alem da beleza, qualquer coisa de triste, qualquer coisa que chora, qualquer coisa que sente saudade. Um molejo de casarão histórico tombado. Uma beleza, que vem da tristeza de se saber cidade. Feita apenas para amar, para sofrer pelo seu cidadão e para ser só perdão.
Com a benção de Vinícius de Moraes, peço perdão Blumenau. Perdão por ter uma escola que não preserva a historia de sua cidade, por ter uma escola que não ensina as nossas crianças que uma cidade tem que ter qualquer coisa alem de estacionamentos e de carros. Digo isto pois a demolição do casarão histórico ao lado da escola Machado de Assis foi algo para se pedir perdão. Pois foi fundamentada na falta de estacionamentos originados pelo corredor de Ônibus criado na rua São Paulo. Fato que não ocorreu. O corredor de ônibus retirou a ciclofaixa, não estacionamentos. Se a demolição do casarão esta assim fundamentada, deveria-se então ao menos criar no local do casarão bicicletários e ciclofaixas. Os estudantes que não usão carros e a comunidade como um todo agradeceria o feito.
Caso contrario a demolição do casarão reflete somente o descaso da cidade e de seus cidadãos com sua historia, um descaso que ensina nossas crianças que é melhor demolir do que restaurar. Pois se a construção histórica apresentava riscos, foi por não receber restauros ao longo de sua já apagada historia. E se de fato apresentava tais riscos, o minimo que a população merecia eram estudos comprovando tais riscos. O que não aconteceu. Tudo o que foi apresentado a população não passou de suposições de riscos.
Mas quando digo que esta cidade foi feita apenas para amar, para sofrer pelo seu cidadão e para ser só perdão. Digo isto tendo em vista a Casa Salinger, pertencente a FURB. Que sem nenhum cuidado esta deixando a casa apodrecer, sem receber nenhum restauro ou reforma. Talvez para depois alegar os supostos riscos e poder demolir parte da historia da cidade sem nenhum perdão. Samba da benção para nossa cidade do perdão, porque o samba nasceu lá na Bahia, e se hoje ele blumenauense na poesia, é porque não é mais samba não.
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