Marcamos o treino em uma praça aqui de blumenau que aparentemente não tem obstaculos nenhum, tem uma parede uma arvore com espinhos e alguns meio fio pra realizar precisions, nada demais. No inicio do treino meio que sem pretenção nenhuma lancei um desafio de 100subidas de paredes para quem estivesse ali. Muitas pessoas desconsideraram o desafio por julgarem ridiculo ou irrealizavel, nao sei. Mas os então presentes Jader e Pierri toparam o desafio na hora, fizemos os alongamentos e cada um começou seu treino, descobrimos uma run muito boa no local e iniciamos as 100subidas. Comparando com um treino onde o Blane fez 300 repetições nossas 100 se tornam irrelevantes, mas a verdade é que muitos que estavam no treino ja tinham ido embora (sem nem mesmo fazer 5 repetições) e nós continuavamos lá, repetindo e repetindo nossas subidas.
As mãos já abertas e os pulsos raspados naquele momento refletiam apenas duas coisas: nossa determinação em terminar o desafio e nosso cansaço ao errar a mao e raspar o pulso.
Enfim, nós três terminamos o desafio, o Jader foi o primeiro a terminar e foi embora. Ficou no local apenas eu, Pierri e Luisinho. Um dia antes eu li algo sobre HellNigth, uma especie de treino criada pelo Blane.
http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http://blane-parkour.blogspot.com/2006/11/hell-night.html&ei=aV9kS9f0GYO7tweQzfjoBw&sa=X&oi=translate&ct=result&resnum=1&ved=0CAoQ7gEwAA&prev=/search%3Fq%3Dhellnight%2Bparkour%26hl%3Dpt-BR
Leiam até o final, vale a pena!
E decidi fazer o mesmo na nossa area, como o Blane recomenda no final do post. Começamos a correr na praça onde estavamos (praça do chinta) em direção ao parque ramiro. Todos completamente todos os obstaculos que se puseram no nosso caminho nós passavamos com um movimento, quando cansavamos de correr iamos caminhando de quadrupedal para recuperar o folego, se a sinalera estava aberta nos agachavamos. Sem tempo para rir, sem tempo para conversar e sem tempo para reclamar do cansaço.
Quando um ficava para tras os outros dois iam de quadrupedal andando até que fossem alcançados, de forma que criou-se uma unidade de companheirismo sem ter que pedir sem ter que conversar ou explicar o que seria feito. Quando faltava pouco para chegar no parque ramiro decidi puxar um ritmo forte na corrida, terminamos o percurso exaustos e maravilhados com o que acabavamos de fazer.
Ao chegar, caminhamos um pouco em silencio recuperando o folego e uns 10min depois conversamos sobre o que acontece no trajeto, a felicidade em ter feito o que fizemos da forma que fizemos estava estampada em nossas faces. Ao conversarmos, lembramos que muitos tracers locais duvidavam que era possivel fazer o percurso que fizemos, e da mesma forma que nas 100 subidas, muitas pessoas desconsideraram o desafio por julgarem ridiculo ou irrealizavel.
Os desafios estão ai pra serem desafiados e superados, e se este pensamento não for levado aos treinos de parkour os treinos se tornaram cada vez mais monotonos e sem graça. Digo sem graça no sentido de evoluir, e não no sentido de se divertir, de nada adianta ir em um treino e falar besteiras se divertindo se o objetivo de estar ali que é treinar não for alcançado.
Nos alongamos para ir embora e no trajeto de volta rimos e conversamos sobre nossas historias de infancia, como nos divertiamos da mesma forma, subindo em pé de goiaba e fazendo barracas no mato. (coisa de criança que ainda nao cresceu).
Desculpem se ficou meio sem sentido este texto. O intuito aqui é resgistrar os momentos, para que no futuro possamos conversar e rir contando estas historias. Como hoje nos divertimos contando as historias de nossa infancia.
Abraços.
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