Poetas tentam descrever,
o que há no mais profundo do ser.
A grandeza do infinito,
o nascer e o morrer.
Poetas tentam descrever,
a singularidade do abstrato,
o doce do amargo.
O que há no mais profundo do ser,
o nascer e o entardecer.
Nem os poetas podem descrever.
A beleza que ofusca,
que nasce para morrer.
O que há no mais profundo do ser?
20 de janeiro de 2012
17 de janeiro de 2012
No meio do caminho.
Se Drummond fosse blumenauense, eu o imaginaria recitando as margens do Itajaí-Açu a seguinte poesia: No meio da cidade tinha um rio, tinha um rio no meio da cidade. Nunca me esquecerei de suas paisagens e cheias na vida de minhas retinas tão fatigadas. Tinha um rio no meio da cidade, no meio da cidade tinha um rio.
De fato, tem um rio no meio de Blumenau, um rio impetuoso e belo, que serpenteia nossa linda cidade assim como as poesias de Drummond serpenteiam nossa alma. Entretanto, ao longo da historia, com tantas catástrofes envolvendo nossa cidade e seu rio, sabemos o quanto ele é imponente e destrutivo.
Mas sabemos, verdadeiramente, o quanto grandioso e magnifico é nosso Itajaí-Açu? Sabíamos, em um tempo passado que estamos apagando.
Com o passar dos anos e as sucessivas cheias, o povo blumenauense vem dando as costas para o rio, associando a este somente sentimentos de desgraça e tristeza. Resultado disto é um comercio que se volta cada vez mais para a rua 15 de novembro, talvez por medo de ter suas "belas vitrines" ofuscadas pela exuberante paisagem do rio em um entardecer.
Não bastasse o olhar desiludido do povo e a falta de perspicácia dos comerciantes, os que planejam nossa cidade cercam as margens da beira rio e acabam com qualquer possibilidade de interação com o rio que poderia surgir. Revitalizaram toda a beira rio e não criaram nenhum atrativo, como se calçada decente e banquinhos de madeira fossem um diferencial para um dos pontos mais importantes da cidade. Criaram estações de pré embarque encaixotadas e fechadas com ar condicionado, impossibilitando apreciar a paisagem enquanto se aguarda o ônibus.
Nega-se todo o potencial hidroviário que o rio possui, sendo navegável em grande parte de sua extensão. Mas o pior de tudo é que todo este descaso esta sendo tratado com uma normalidade absurda, como se o Itajaí-Açu fosse uma pedra no caminho da nada poética cidade de Blumenau.
De fato, tem um rio no meio de Blumenau, um rio impetuoso e belo, que serpenteia nossa linda cidade assim como as poesias de Drummond serpenteiam nossa alma. Entretanto, ao longo da historia, com tantas catástrofes envolvendo nossa cidade e seu rio, sabemos o quanto ele é imponente e destrutivo.
Mas sabemos, verdadeiramente, o quanto grandioso e magnifico é nosso Itajaí-Açu? Sabíamos, em um tempo passado que estamos apagando.
Com o passar dos anos e as sucessivas cheias, o povo blumenauense vem dando as costas para o rio, associando a este somente sentimentos de desgraça e tristeza. Resultado disto é um comercio que se volta cada vez mais para a rua 15 de novembro, talvez por medo de ter suas "belas vitrines" ofuscadas pela exuberante paisagem do rio em um entardecer.
Não bastasse o olhar desiludido do povo e a falta de perspicácia dos comerciantes, os que planejam nossa cidade cercam as margens da beira rio e acabam com qualquer possibilidade de interação com o rio que poderia surgir. Revitalizaram toda a beira rio e não criaram nenhum atrativo, como se calçada decente e banquinhos de madeira fossem um diferencial para um dos pontos mais importantes da cidade. Criaram estações de pré embarque encaixotadas e fechadas com ar condicionado, impossibilitando apreciar a paisagem enquanto se aguarda o ônibus.
Nega-se todo o potencial hidroviário que o rio possui, sendo navegável em grande parte de sua extensão. Mas o pior de tudo é que todo este descaso esta sendo tratado com uma normalidade absurda, como se o Itajaí-Açu fosse uma pedra no caminho da nada poética cidade de Blumenau.
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